No Brasil , em regra geral, se falava o Tupi na região norte, nordeste, parte do sudeste e ao sul o Guarani. Na região de Campos-RJ, as etnias que habitavam aquela região falava o JÊ.
Existia diversas etnias que falavam a língua Tupi, com variações dialetais, e outras etnias distintas ao Tupi , porém semelhantes entre si , mesmo com as variações de dialetos e que foram chamadas de JÊ. Razão que levou os linguistas que se dedicavam ao estudos das línguas indígenas, a classificação por semelhanças entre si, assim, surgiram os dois grandes troncos linguístico o TUPI e o MACRO-JÊ.
O Guarani falado no sul, pertence ao tronco Tupi e os Aimores, Puris, Maxacali e outros foram classificados como sendo do tronco Macro-Jê.
Os jesuítas ainda não conheciam as outras etnias, pelo fato do primeiro contato ter sido com nativos que falavam a língua Tupi.
O Pe Anchieta, iniciou o estudo do Tupi, o que se percebe em sua gramática e fora adaptando o Tupi antigo a língua Portuguesa europeia, o que não ocorreu com os Jês.
Com a captura dos nativos para forçá-los ao trabalho escravo e consequentemente para a catequese, tendo um tupi como auxiliar, o Pe . Anchieta se deparou com um índio PURI, que habitava a região de Campos-RJ., e vendo que o prisioneiro não falava como os demais, interrogou ao seu auxiliar a razão da fala ser diferente,como os tupis não gostavam dos puris, respondeu que eles tinham a língua travada, eram bárbaros e outros adjetivos; mas na realidade se tratava de um falante JÊ. Em razão disso, os europeus começaram a perseguição aos puris exterminando-os, e os poucos capturados eram aprisionados domesticados, escravizados e incorporados a cultura europeia e sua língua não fora motivo de estudos pelos jesuítas, por este fato, quase não se encontra registros da língua Puri, nos anais da nossa história linguística.
De quem os mineiros herdaram sua fala, seu sotaque, sua bravura, vocês já se perguntaram ?
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