quarta-feira, 30 de junho de 2010

Um pouco de história da língua nativa Tupi (antigo)

Os nativos, apelidados de indio pelos portugueses, que habitavam o Brasil  em 1500, eram de diversas etnias, porém em sua maioria falavam a lingua Tupi antigo, hoje considerada lingua morta.

Os jesuitas, aqui chegaram em 1549, com Tomé de Souza e sua influencia no Brasil colonia foi muito grande. Foram os jesuitas quem fundou as primeiras instituições de ensino no país, organizaram o trabalho dos índios(reunindo-os em aldeamento), divulgaram a fé  e ampliou o poder da igreja católica.

Os índios tinham uma vida tribal, e em conformidade com a visão de que eles viviam em estado de selvageria, os europeus buscaram substituí-los pela civilização e com isto  adaptá-los  ao trabalho, à cultura e a religião ocidental que substituíam as antigas tribos para uma vida comunitária no entendimento dos europeus, já que  os nativos (índios) tinham vida comunitária na sua  cultura. Essa educação ocidental não deixou de ser, também glotocida, com a prática  do extermínio de uma língua, pois só no nosso território desapareceram entre 150(cento e cinquenta)  a 350(trezentas e cinquenta) línguas indígenas.

As autoridades queriam que em toda atividade fosse usado somente o latim(hoje língua morta),inclusivel nos eventos litúrgicos ( que a menos de cinquenta anos atrás ainda era utilizado nas missas) com o objetivo de perpetuar a língua. Como havia grande dificuldade  na comunicação entre indios e lusitanos, fora autorizado pela corroa  a utilização da língua Tupi para a catequese dos nativos.
Como se pode observar nas colocações do Padre Anchieta, em sua obra "A Arte da gramática da língua mais usada  na costa do Brasil", duas palavras se juntavam para formar frase, como se pode demonstrar.

Deve-se observar, que na língua Tupi há abundancia na acentuação, com o uso do acento grave, agudo e circunflexo na mesma palavra.

Nomes com a preposição "pé "(que quer dizer in) em palavras que tem acento  na penultima sílaba perdem a última vogal, como: "ôca" que significa casa, e se transforma em "ócipé" que quer dizer casa, em tupi, sendo o "I "com a pronuncia áspera.

Nas palavras começadas com "B" acrescenta-se "m" antes do "B", assim como, no meio da fala  se usa essa letra sempre precedido de "m". Exemplo : timára, timába, timbára,, timbaba.

Em nomes compostos retira-se a ultima vogal do primeiro.Exemplo:  mbauúma = barro; oca = casa . Assim, quando se quer dizer "casa de barro", o exemplo anterior se transforma em "mbaúúmóca, mbauúbóca".

Pode-se observar quem em 1565, já existia o preconceito linguistico, dos portugueses em relação ao nosso idioma .
  
 É bem verdade que os jesuitas  somente conheceram o TUPI e por isso,  suas adaptações  ao portugues  europeu somente ocorreu com essa língua, o que não ocorreu com o Tronco Macro-Jê. As etnias do tronco "JÊ", não fazia parte da  área dos colonizadores e catequizadores, somente  mais tarde, os nativos que falavam a lingua Tupi, apresentaram aos jesuitas as etnias que falavam o JÊ.






Nenhum comentário:

Postar um comentário