sábado, 9 de agosto de 2014
sábado, 20 de novembro de 2010
Conclusão
Dentre os dialetos existentes em nosso país, o que mais sofre preconceito linguistico é o DIALETO MINEIRO, pois não se escuta comentários jocosos nem piadas em relação aos demais. Nunca se ouviu piadas com relação ao "arri égua", na pronuncia do nortista, "voti " falado pelo nordestino, "poirta" dito pelo ´paulista, nem o "tchê" do gaúcho, mas do mineirês sim, sempre se escuta que o mineiro," comprou o trem" e nunca o perde, que "Uai ", é uai sô, que o mineiro não vive sem queijo, que ele gosta tanto de pãodjiqueij, que chega a comer as letras , imaginando nelas o sabor do pão de queijo, e que de tanto comê-las, passa male, male e é levado para o hospitale no carro do coronele do tidiguerra, que fica na Prazda Liberdade.
Se considerarmos tudo que fora exposto nessa obra, desde a influencia linguística do latim, da Espanha, da Inglaterra, da África até chegarmos às herança linguisticas indígenas, percebemos que tudo que o mineiro usa na sua linguagem tem explicação etimológica, como no caso de "home e trem" e que a expressão "uai", está, às vezes empregada, não somente como interjeição, mas como o"porquê, pronunciados pelos ingleses". Que uma das transformações das palavras como é o calo de "male e malu" não os deixa cometer erros na hora de escrever com o significado correto os vocábulos mal e mau.
Com disposto nas páginas do Vocabulário Pury, ressalta-se que, quando surgiram os bandeirantes a procura de minério, os índios que os acompanhavam, eram falantes da língua tupi, porém os que habitavam a região central e sudeste, falavam línguas diferentes que mais tarde fora classificada como pertencentes ao grande tronco Macro-Jê.
Ressalta-se também, que em conformidade com a gramática escrita por Pe.Anchieta, sobre a língua Tupi, que hoje é considerado tupi antigo, não se encontra o uso sistematicamente do apóstrofo , nem tão pouco , palavras escritas utilizando o fonema "DJ", logo, quando o matogrossense, utiliza em sua pronuncia, como ocorre nas palavras "larandja e cadju" pode-se considerar, este fato linguístico como comprovação do que consta no livro de " História Global," que a língua indígena falada não pertencia ao tronco Tupi, pois esta marca linguística é típica do tronco Macro-Jê, não se pode desprezar o fato que as trilhas percorridas pelos bandeirantes, foram caminhos abertos e utilizados pelos índios da região.
O dialeto goiano tem grande semelhança com o mineires, não somente nas falas fronteiriças, mas em todo dialeto falado nos dois estados, isto se deve, a língua falada nos estados centrais desde 1535.
Como está demonstrado nesta obra, vocabulário Pury, (Macro-Jê) há grande incidência do termo "DJ e apóstrofo".
A variação do dialeto Belo Horizontino (belorizontino), se justifica, por ser a capital do estado frequentado por pessoas de todas as regiões do estado e dos turistas de todas as regiões do país.
O mineires nas fronteiras com outros estados sofre as influencias tais como: na divisa Minas-Bahia é a mistura com o baianês cuja herança linguística é o tupi, com influencia, em sua maioria do africano ( região com grande trafico e escravos africanos) e português europeu. A essa missigenação de heranças e influencias transforma o dialeto mineiro em uma forma diferenciadas tendendo para o nordestino. Na divisa com São Paulo o dialeto mineiro sofre outra alteração. É a mistura das heranças do Tupi-Macro-Jê com a influencia do português europeu vulgar mais o africano que gerou o dialeto mineiro tendencioso ao caipira , falado em São Paulo e finalmente no estado do Rio de Janeiro, cujo dialeto já é a mistura das heranças indígenas Tupi com o Pury(Macro-Jê), com influencia do crioulo e Grande influencia do português europeu culto, pois a norma culta era falada em toda corte, influenciando o falar do fluminense - carioca.
As demais fronteiras, pertencem as mesmas heranças linguísticas, ou seja ao mesmo Tronco Macro-Jê, a a variação das influencias do crioulo e português europeu vulgar, tendendo sempre a se misturar ao outro dialeto sem perder a essência do mineirês. Como a diferença regional do falar mineiro é muito forte, mesmo nas mistura com o baiano, paulista e fluminense-carioca ele não perde sua característicF.
Quanto aos Gerúndios, em que a terminação "do" é trocada para "no" não se pode dizer que que tal peculiaridade é do falar mineiro, tendo em vista essa troca ocorrer em todos os estados do nosso país.
O dialeto mineiro, contribui grandemente para com a língua portuguesa, não se trata de uma babel linguística e sim a mescla dialetal e de idiomas que construíram a nossa língua desde o latim até as nossas heranças linguísticas como demonstrado no desenrolar das pesquisas e considerações anteriores.
Diante das justificativas apresentadas, não se deve aceitar qualquer preconceito linguístico ao falar acanhado e simples divergindo não somente os fonemas, mas o sotaque do povo mineiro.
Acredita-se, que esta simplicidade é também herança indígena, que os levam a falar de forma autêntica e na maioria das vezes no diminutivo.
Com disposto nas páginas do Vocabulário Pury, ressalta-se que, quando surgiram os bandeirantes a procura de minério, os índios que os acompanhavam, eram falantes da língua tupi, porém os que habitavam a região central e sudeste, falavam línguas diferentes que mais tarde fora classificada como pertencentes ao grande tronco Macro-Jê.
Ressalta-se também, que em conformidade com a gramática escrita por Pe.Anchieta, sobre a língua Tupi, que hoje é considerado tupi antigo, não se encontra o uso sistematicamente do apóstrofo , nem tão pouco , palavras escritas utilizando o fonema "DJ", logo, quando o matogrossense, utiliza em sua pronuncia, como ocorre nas palavras "larandja e cadju" pode-se considerar, este fato linguístico como comprovação do que consta no livro de " História Global," que a língua indígena falada não pertencia ao tronco Tupi, pois esta marca linguística é típica do tronco Macro-Jê, não se pode desprezar o fato que as trilhas percorridas pelos bandeirantes, foram caminhos abertos e utilizados pelos índios da região.
O dialeto goiano tem grande semelhança com o mineires, não somente nas falas fronteiriças, mas em todo dialeto falado nos dois estados, isto se deve, a língua falada nos estados centrais desde 1535.
Como está demonstrado nesta obra, vocabulário Pury, (Macro-Jê) há grande incidência do termo "DJ e apóstrofo".
A variação do dialeto Belo Horizontino (belorizontino), se justifica, por ser a capital do estado frequentado por pessoas de todas as regiões do estado e dos turistas de todas as regiões do país.
O mineires nas fronteiras com outros estados sofre as influencias tais como: na divisa Minas-Bahia é a mistura com o baianês cuja herança linguística é o tupi, com influencia, em sua maioria do africano ( região com grande trafico e escravos africanos) e português europeu. A essa missigenação de heranças e influencias transforma o dialeto mineiro em uma forma diferenciadas tendendo para o nordestino. Na divisa com São Paulo o dialeto mineiro sofre outra alteração. É a mistura das heranças do Tupi-Macro-Jê com a influencia do português europeu vulgar mais o africano que gerou o dialeto mineiro tendencioso ao caipira , falado em São Paulo e finalmente no estado do Rio de Janeiro, cujo dialeto já é a mistura das heranças indígenas Tupi com o Pury(Macro-Jê), com influencia do crioulo e Grande influencia do português europeu culto, pois a norma culta era falada em toda corte, influenciando o falar do fluminense - carioca.
As demais fronteiras, pertencem as mesmas heranças linguísticas, ou seja ao mesmo Tronco Macro-Jê, a a variação das influencias do crioulo e português europeu vulgar, tendendo sempre a se misturar ao outro dialeto sem perder a essência do mineirês. Como a diferença regional do falar mineiro é muito forte, mesmo nas mistura com o baiano, paulista e fluminense-carioca ele não perde sua característicF.
Quanto aos Gerúndios, em que a terminação "do" é trocada para "no" não se pode dizer que que tal peculiaridade é do falar mineiro, tendo em vista essa troca ocorrer em todos os estados do nosso país.
O dialeto mineiro, contribui grandemente para com a língua portuguesa, não se trata de uma babel linguística e sim a mescla dialetal e de idiomas que construíram a nossa língua desde o latim até as nossas heranças linguísticas como demonstrado no desenrolar das pesquisas e considerações anteriores.
Diante das justificativas apresentadas, não se deve aceitar qualquer preconceito linguístico ao falar acanhado e simples divergindo não somente os fonemas, mas o sotaque do povo mineiro.
Acredita-se, que esta simplicidade é também herança indígena, que os levam a falar de forma autêntica e na maioria das vezes no diminutivo.
sábado, 13 de novembro de 2010
domingo, 5 de setembro de 2010
Justificativa continuação
Nas transformações das palavras, quando há queda da ultima letra e o aparecimento de um acento, seja ele agudo ou circunflexo, pode-se dizer que é uma influencia da língua geral africana ou falar crioulo, que influenciou a área rural e urbana. Pode-se afirmar que é influencia da língua africana, em razão da inexistência de consoante nos finais das palavras no banto e yorubá, língua esta, falada na região da África de onde vieram os negros vendidos aos portugueses para a mão de obra escrava na então colônia de Portugal, hoje Brasil.
Exemplo:
Língua Portuguesa falar crioulo(yorubá ou banto) Ponderações
Verbo cantar cantá Perde a letra "R" e recebe o acento agudo.
Verbo vender vendê Perde a letra "R" e recebe o acento circunflexo.
Pronome Senhor Sinhô Perde a letra "R" e recebe o acento circunflexo.
Pronome Senhora Sinhá Perde as letras "O e R"e recebe acento agudo no"A". Substantivo Mulher muié Perde o dígrafo "lh e o R final" e ganha i.
Substantivo Ccoronel Coroné Perde o "L" final e ganha o acento agudo.
Os livros us livru Falta concordância.
nestes casos, podemos identificar, claramente, o aparecimento dos apócopes e aférese nas palavras , as trocas das letras e o surgimento dos acentos marcando a sílaba tônica caracterizando a influencia do falar crioulo.
Não podemos permitir preconceito linguístico, no falar crioulo ou africano, pois houve grande contribuição para o léxico do português brasileiro, assim como seus costumes e sua cultura afro.
INFLUENCIA AFRICANA NAS CANÇÕES DE NINAR
Dança urubu !
Eu não Sinhô!
Pruque ocê num dança?
Eu sô doutor.
O falar crioulo, não está presente somente no falar mineiro, mas também, de Norte a Sul do Brasil.
O mineiro, até a década de 1960, era mais comum fazer o diminutivo em " ITO" e não em "INHO".
Exemplo:
magro - magrilito - magrinho;
pão - paozito - pãozinho;
João - Joãozito - Joãozinho;
manga - manguita - manguinha;
menina - meninita - menininha;
pequeno - piquitito - pequenino.
Como a Língua Portuguesa e a Italiana tem origem no latim, pode-se dizer que tal influencia fora introduzida no Brasil Colônia pelas duas línguas, pois ambas abrasileiradas utilizam estes diminutivos falados não somente em Minas Gerais, mas também em outras regiões brasileiras.
No falar mineiro, encontramos variações de termos que variam conforme a região, tais como:
Zona da Mata Vale do Jequitinhonha, Norte de Minas, Vale do São Francisco e
Mucuri Belo Horizonte
Bico consolo
Currutela (pequena rua)
Abano ( peneira sem furo )
Agaravios (apetrechos )
Bacurim ( bebê ) Bacurim (Leitão amamentado )
Boco moco, mixuruca Baranga (coisa de mal gosto )
Mirrado Bembeu ( pessoa raquitica )
Zureta ( doido aluado) bistonado
Bololô (briga, confusão )
Cortiço bonserá
Breguete (sinonimo de trem ) breguete
Brol ( má qualidade)
Burgalian (tecido listrado )
Calumbi ( mata de espinho)
Bruto (estúpido)
Carriá (rio do peixe )
Carriá (rio do peixe )
Pemba (macumba )
Murrinha ( pão duro) Cazumba (Res morta acidental)
Esgadanhado (despenteado ) esgadanhado esgadanhado
Entrufado ( mal humorado ) entrufado entrufado
Magrilito - tísico estriziado
Espirito Santo de orelha - (descoberta de ações ou assunto, dificultando alguém agindo as ocultas )
espírito santo de orelha espírito santo de orelha
espírito santo de orelha espírito santo de orelha
Franga (recusa de namoro ou dança ) franga franga
Frisete ( prendedor de cabelo ) desmazelo desmazelo
Catireiro ( quem vive de barganha, também chamado de gambireiro, fazedor de gambiras)
Lapa ( ponta de chicote)
Catireiro ( quem vive de barganha, também chamado de gambireiro, fazedor de gambiras)
Lapa ( ponta de chicote)
Estou de canto chorado (passando por problemas seja de nível familiar, financeiro ou qualquer outro)
Cascudo ( peixe, pode ser também bater com a dobra dos dedos na cabeço de alguem )
Gongó (peixe conhecido como cascudo ) falado próximo a capital de Minas.
Isquitinha ( migalha de alguma coisa, diminutivo de isca )
Perrengue( fraco, doente, problema) inguengado ( Perrengue- fraco, doente, problema)
Cascudo ( peixe, pode ser também bater com a dobra dos dedos na cabeço de alguem )
Gongó (peixe conhecido como cascudo ) falado próximo a capital de Minas.
Isquitinha ( migalha de alguma coisa, diminutivo de isca )
Perrengue( fraco, doente, problema) inguengado ( Perrengue- fraco, doente, problema)
Pernilongo ou moçorongo jatium ( mosquito) pernilongo
Jurabé ( diabo ) jurabé ( Diabo ) Jurabé (diabo )
Inquieto Laquera (agitação infantil ) Inquieto
Jurabé ( diabo ) jurabé ( Diabo ) Jurabé (diabo )
Inquieto Laquera (agitação infantil ) Inquieto
Mãe-do-corpo ( Placenta ) Mãe-do -corpo Mãe-do-corpo
Missangueiro( leva sua produção Missangueiro Missangueiro
ao mercado para vendê-la )
ao mercado para vendê-la )
Patota (grupinho de jovens) Moa( sul de Minas ) patota (grupinho)
Negrinha (suporte do quador ou coador ) Mariquita Negrinha
Negrinha (suporte do quador ou coador ) Mariquita Negrinha
Besta ( bobo ) Mané Besta (bobo )
Pateco(relógio grande de bolso ) Pateco Pateco
Estronca Pigarro(triangulo mineiro, escora do cabeçalho do carro de boi )
Pichorra pranga
Estronca Pigarro(triangulo mineiro, escora do cabeçalho do carro de boi )
Pichorra pranga
Montar no trato ( desfazer negócio) Quiabar( Nepomuceno Sul de Minas )
Malanjambrado ( roupa larga no corpo) Riúna Malanjambrado
roupa larga no corpo
Sufregante ( abrir e fechar os olhos ou piscá-los) Sufregante ou piscar os olhos
Vassalo (Guarda de Nossa Senhora )Varsal Vassalo(guarda de Nossa Senhora )
Troar (sair as pressas, correndo ou fugir) Troar(sair as pressas, fugir ou correr )
Vacavém(parte trazeira do carro de boi ) Vacavem
Expressõers bastante usadas nas regiões de Minas Gerais
EXPRESSÕES SIGNIFICADO
Bater no coro para o burro entender ou Falar por enígfmas ou indiretas
Bater na cangalho para o burro entender
Não desenterrar defunto velho Não pucar do passado assunto que trás discordia
Beber agua que passarinho não bebe beber pinga ou cachaça
Batar os podres para fora
Colocar em pratos limpos falar a verdade
Burro como uma porta tapado, rude, ignorante
Cair das nuvens decepção
Chover no molhado,
Pregar no deserto ou ainda Insistir em algo que não vai trazer resultado
Malhar em ferro frio
Da pá virada
Levado da Breca Menino traquino, levado
Descer de Toa( Ô ) Ir ao sabor das águas, se remar
Vou sacudir a cangalha Remover problemas
De menor Menor de idade
De maior Maior de idade
De com força Com força( Januária)
De já hoje há pouco tempo ( Sul de Minas)
De primeiro Antigamente
Malanjambrado ( roupa larga no corpo) Riúna Malanjambrado
roupa larga no corpo
Sufregante ( abrir e fechar os olhos ou piscá-los) Sufregante ou piscar os olhos
Vassalo (Guarda de Nossa Senhora )Varsal Vassalo(guarda de Nossa Senhora )
Troar (sair as pressas, correndo ou fugir) Troar(sair as pressas, fugir ou correr )
Vacavém(parte trazeira do carro de boi ) Vacavem
Expressõers bastante usadas nas regiões de Minas Gerais
EXPRESSÕES SIGNIFICADO
Bater no coro para o burro entender ou Falar por enígfmas ou indiretas
Bater na cangalho para o burro entender
Não desenterrar defunto velho Não pucar do passado assunto que trás discordia
Beber agua que passarinho não bebe beber pinga ou cachaça
Batar os podres para fora
Colocar em pratos limpos falar a verdade
Burro como uma porta tapado, rude, ignorante
Cair das nuvens decepção
Chover no molhado,
Pregar no deserto ou ainda Insistir em algo que não vai trazer resultado
Malhar em ferro frio
Da pá virada
Levado da Breca Menino traquino, levado
Descer de Toa( Ô ) Ir ao sabor das águas, se remar
Vou sacudir a cangalha Remover problemas
De menor Menor de idade
De maior Maior de idade
De com força Com força( Januária)
De já hoje há pouco tempo ( Sul de Minas)
De primeiro Antigamente
Justificativa continuação
Com tanta herança e influencia linguística, aférese e apócope,não é de se estranhar que no mineres haja a supressão das palavras " nossa e mesmo " quando se diz: nossa Senhora! e é mesmo! para "no! e É mês!" respectivamente. Podemos também acrescentar a evolução do pronome "você " que originariamente era Vossa Mercê, houve a supressão do sufixo da primeira palavra e o prefixo da segunda, assim como, em Nossa e Mesmo e ganha acentuação, na primeira agudo na segunda circunflexo.
O mineres, não se resume aos vocabulários " trem, uai! no! e é mês!" vai muito mais além, pois seus ancestrais das etnias que falavam línguas classificadas como Macro-Jê, eram chamados de "língua travada"assim podemos citar outros pontos, principalmente no encontro de suas consoantes, nos quais há a supressão de letras e sílabas.
Exemplo
Vá embora para vá Simbora;
posto da torre para Pos'da torre;
preste atenção para Pre'tenção;
ponto de ônibus para Pon'djionibus;
poço de petróleo Pos'djipetroleo;
posto de saúde Pos'djisaude;
posto fiscal Pos'fiscal;
ponto de cruz Pon'djicruz.
Podemos observar, nestes casos que:
a) Vá simbora! - não fora suprimido e sim acrescido a letra "S" e a troca do "E" pelo " i ";
b) Pos'datorre - fora suprimido a sílaba "to" e o prefixo anexado a preposição "da";
c) Pon'djionibus - fora suprimido a sílaba "to " e o prefixo foi anexado a preposição "de" com a sonoridade do fonema dji (língua Puri);
d) Pos'djipetróleo - fora suprimida a sílaba "ço" a troca do "Ç" pelo "S" , o prefixo fora juntado à preposição "d" com a sonoridade do fonema "dji" (língua Puri);
e) Pos'saude - neste caso fora suprimido a ultima sílaba da primeira e a preposição "de " e juntado a segunda palavra à primeira em sua totalidade (os apóstrofos são de origem da lingua Puri );
f) Pos'fiscal - houve apócope da sílaba "to" e a fusão da primeira palavra com a segunda ( os apóstrofos são de origem da língua puri);
g) Pon'djicruz - fora suprimido a sílaba "to" e o prefixo fora anexado a preposição "de " com sonoridade do fonema "dji " que se pronuncia tudo junto Pos'djisaude.
Nas línguas classificadas sendo do tronco Macro-Jê, é comum o uso do apóstrofo, que o processo é o mesmo da língua portuguesa, pois quando utilizamos o apóstrofo estamos sinalizando que houve a supressão de alguma sílaba ou letra, tal como podemos observar quando falamos e escrevemos o termo copo d'agua.
Como podemos observar, nestes casos, não há influência do falar crioulo e sim herança indígena.
Podemos considerar, que o surgimento da palavra "SÔ" em final de frase como Uai e SÔ e Ô trem bom, sô! há quem diga que vem do verbo ser (primeira pessoa do singular, do presente do indicativo ) assim como, acredita-se que seja o apócope da palavra Senhor ( SÔ).
domingo, 29 de agosto de 2010
Justificativa Continuação
Já em 1565, havia o chamado preconceito linguístico, tanto dos portugueses em relação ao tupi como de ambos aos falantes de etnias agrupadas no tronco Macro-Jê.
Conforme explica a professora do Departamento de Linguística da UnB (Universidade de Brasília), Raquel do Valle Dettoni, o goiano fala com os traços muito puxados no "R " que é normalmente chamado de "R" caipira, ou linguisticamente falando de "R" retroflexo. "Como o goiano fala com esse "R" muito puxado, supõe-se que isso possa ter tido ao longo da história uma influencia da linguagem utilizada pelos bandeirantes que viviam na região do estado de São Paulo. Esses bandeirantes tinham o português marcado por esses traços , já que eram das áreas mais interioranas do Brasil, principalmente as que chamaríamos de caipira".
A tese de doutorado da professora, estudou o dialeto da baixada cuiabana, que é formada pela capital Cuiabá e pelos municípios mais antigos que se criaram no inicio da colonização nas margens do rio Cuiabá e Paraguai. Ela conta que na época da colonização os bandeirantes que penetraram pelo norte do estado do Mato Grosso e levaram a suposta língua geral Paulista , que era de base indígena (tupi). O Contato do português dos colonizadores com as línguas indígenas locais (* falantes de etnias do tronco Macro-Jê) resultou no dialeto cuiabano.
Algumas características são muito fortes nessa fala regionalizada específica de Mato Grosso. "Por exemplo:
os mato-grossenses não falam chuva e peixe , com esse som de "CHE" que nós temos, fala-se "tchuva" e "petche". Também não se fala caju e laranja, com esse som de 'GÊ' , fala-se "cadju" e "larandja", ressalta Raquel.
Como podemos observar no que foi demonstrado pela professora Raquel, comparando com o falar mineiro, a pronuncia do "DJI" acontece todas as vezes que os nascidos no Estado de Minas Gerais, pronuncia "DI" com o fonema "DJI", assim como o mato-grossense na pronuncia dos vocábulos CADJU e LARANDJA.
Na região de Caratinga, Manhuaçu e adjacências, é comum se ouvir falar "male" ao invés de "mal" que tem sua origem no latim e que na transposição desse vocábulo para a língua portuguesa, houve a supressão da vogal "e" , assim como em hospital e coronel (o termo male, hospitali e coroneli ainda é muito empregado pelas pessoas mais idosas).
Os termos "trem e uai", são de maior crítica aos mineiros, porem , quando o mineiro diz: " vou comer um trem, ou vou olhar um trem; ou ainda que trem é esse? Não está cometendo erro na língua portuguesa, tendo em vista, o termo "trem" ter sua origem no latim "trabere" cujo emprego do mesmo, pode ser para referir-se a qualquer coisa. Quanto a interjeição ou afirmção "uai" surgiu do Inglês "why"em torno de 1765, quando se deu a construção da ferrovia do trecho Minas - Vitória.
* A região central do Brasil, composta pelos, hoje estados Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, não era habitada por etnias falantes do Tupi e sim dos falantes de etnias agrupadas no tronco Macro-JÊ.
sábado, 28 de agosto de 2010
Justificativa - Continuação
Com o vocábulo frigidum do latim, quando transposta para a Língua Portuguesa, ela se transforma em frio. No mineres ela ganha o ditongo "iu" e é pronunciada "friiu ". É uma posição intervocálica.
Os grupos que vinham do latim e outros que se formaram pela queda da vogal átona localizada após a sílaba tônica, transformando-se no dígrafo lh a saber:
olho - oliiu, polvilho - polviliiu; estolho - estoliiu; espelho - espeliiu.
Quanto a juntar as palavras, temos a influencia dos romanos cuja pronuncia era juntando as palavras umas as outras e, quando surgiu a grafia, esta, era realizada da mesma forma, anexando os vocábulos uns aos outros formando uma expressão.
No Tupi, também ocorre a aférese e o apócope na junção de dois termos para formar um terceiro. Assim temos a palavra " oca ", que significa casa e a preposição " pé " que quer dizer "in".
Exemplo:
Oca e pé a primeira perde o "A" e em seu lugar surge o "I", ao se juntar com a segunda surge uma terceira palavra " Ocipé".
Nas palavras começadas com a letra "B" acrescenta-se "M" antes. É como a língua portuguesa escreve-se " m " antes de " P e B". Em Tupi em maio a fala a letra "B" é precedida de " M ".
Exemplo:
timbára , timaba.
Em nomes compostos suprime-se a ultima vogal do primeiro e junta-se, sem hífen, o segundo nome, formando uma terceira palavra.
Exemplo:
mbauúma e umbauúboca - que quer dizer casa de barro.
As letras " CE e Ç' tem a mesma pronuncia da língua portuguesa e as nasalações ocorrem com a colocação do "til , m e n".
Esta demonstração de transformação de palavras , não acontece somente nos substantivos e preposições, mas também, nos adjetivos, advérbios e nos acréscimos de partículas principalmente nos futuros do indicativo, optativos, nos pretéritos imperfeitos do conjuntivo.
Exemplo:
apâb, acém, apén e asur.
Tanto os tamoios como os tupis tocavam o "I" com grande delicadeza, e nas consoantes "C e G" a pronuncia era da mesma forma aimeeng, aimeénginé.
Nos vocábulos terminados em "T", como acepiát e aipotâr; na formação dos compostos cai a última consoante do primeiro verbo e as duas primeiras letras do segundo verbo, assim como a mudança do acento grave para circunflexo na primeira palavra, e a segunda permanece o acento.
Exemplo :
verbos acepiàt e aipotâr se transformam em acepiâpotâr
Deve-se observar que na língua Tupi, há abundância na acentuação com o uso do acento grave, agudo, e circunflexo na mesma palavra.
Nomes com a preposição " pé ", que quer dizer " in " em palavras que tem acento na penúltima sílaba , perdem a ultima vogal.
Exemplo:
oca= casa transforma-se em ócipé que quer dizer casa; sendo o "I" de ócipé com a pronuncia áspera.
No tronco Macro-JÊ, especialmente, nas poucas palavras encontradas no Vocabulário da Língua Pury, há várias palavras escritas com o fonema "DJI" com pronuncia semelhante a de "DJIÃO = JOÃO "; DE OLIVEIRA = DJIOLIVEIRA.
No Brasil de 1500, não se falava somente o Tupi, havia o Guarani no sul, o JÊ na região central e no sudeste, porém os Jesuítas mantiveram contato com os tupis e estudaram somente a Língua Tupi, que consideravam os Jês como inimigos, tanto no contato físico como na língua. Viviam em guerra e os apelidaram de tapuias, que significa bárbaros, e como falavam diferente os chamavam de língua travada e silvícolas. Essa desavença foi transmitida aos catequizadores, que olhavam os JÊS, preconceituosamente, tanto no contato catequético , como linguístico. Assim podemos observar, pela falta de registros das línguas que integram o tronco Macro-Jê, línguas faladas pelas etnias dos habitantes da região central, norte do Rio de Janeiro, Espirito Santo e todo o território que hoje é o estado de Minas Gerais.
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