sábado, 9 de agosto de 2014

ORIGEM DO SAGU ~ Ler para Crer

ORIGEM DO SAG 

  MILCACELIA@GMAIL.COM  peço ajuda

Meu filho é alérgico a:   tudo que se faz com trigo,mandioca, arroz. Comprei sagu para  substituir  uma refeição, mas ao saber que aqui no Brasil, nosso sagu vem da mandioca, fiquei sem opção. Onde posso comprar o sagu  oriental? Resposta para milcacelia@gmail.com. obrigada.

U ~ Ler para Crer


sábado, 20 de novembro de 2010

Conclusão

Dentre os dialetos existentes em nosso país, o que mais sofre preconceito linguistico é o DIALETO MINEIRO, pois não se escuta comentários jocosos nem piadas em relação aos demais.  Nunca se ouviu piadas com relação ao "arri égua", na pronuncia do nortista, "voti " falado pelo nordestino, "poirta" dito pelo ´paulista, nem o "tchê" do gaúcho, mas  do mineirês sim, sempre se escuta que o mineiro," comprou o trem" e nunca o perde, que "Uai ", é uai sô, que o mineiro não vive sem queijo,  que ele gosta tanto de pãodjiqueij, que chega a comer as letras , imaginando nelas o sabor do pão de queijo, e que de tanto comê-las, passa male, male e é levado para o hospitale no carro do coronele do tidiguerra, que fica na Prazda Liberdade.
Se considerarmos tudo que fora exposto nessa obra, desde a influencia linguística do latim, da Espanha, da Inglaterra, da África até chegarmos às herança linguisticas indígenas, percebemos que tudo que o mineiro usa na sua linguagem tem explicação etimológica, como no caso de "home e trem" e que a expressão "uai", está, às vezes empregada, não somente como interjeição, mas  como o"porquê, pronunciados  pelos ingleses". Que uma das transformações das palavras como é o calo de "male e malu" não os deixa cometer erros na hora de escrever com o significado correto os vocábulos mal e mau.
Com disposto nas  páginas  do Vocabulário Pury, ressalta-se que, quando surgiram os bandeirantes a procura de minério, os índios que os acompanhavam, eram falantes  da língua tupi, porém os que habitavam a região central e sudeste, falavam línguas diferentes que mais tarde fora classificada como pertencentes ao grande tronco Macro-Jê.
Ressalta-se também, que em conformidade com  a gramática escrita por Pe.Anchieta, sobre a língua Tupi, que hoje é considerado tupi antigo, não se encontra o uso  sistematicamente do apóstrofo , nem tão pouco , palavras  escritas  utilizando o fonema "DJ", logo, quando o matogrossense,  utiliza em sua pronuncia, como ocorre  nas palavras  "larandja e cadju" pode-se considerar, este fato linguístico como comprovação do que consta  no  livro  de " História Global," que a língua indígena  falada não pertencia  ao tronco Tupi, pois  esta marca  linguística é típica  do tronco Macro-Jê, não se pode desprezar o fato que   as  trilhas percorridas pelos bandeirantes, foram caminhos  abertos e utilizados pelos índios da região.
O dialeto goiano tem grande semelhança  com o mineires, não somente  nas falas fronteiriças, mas em todo dialeto falado  nos dois estados, isto se deve, a língua falada  nos estados centrais desde 1535.
Como está demonstrado nesta obra, vocabulário Pury, (Macro-Jê) há grande incidência  do termo "DJ e apóstrofo".
A variação do dialeto Belo Horizontino (belorizontino), se justifica, por ser a capital do estado frequentado por pessoas de todas as regiões do estado e dos  turistas de todas as regiões do país.
O mineires nas fronteiras com outros estados sofre as influencias  tais como:  na divisa Minas-Bahia é a mistura  com o baianês cuja herança linguística é o tupi, com influencia,  em sua maioria do africano ( região com grande trafico e escravos africanos) e português europeu. A essa missigenação de heranças e influencias  transforma o dialeto mineiro em uma forma diferenciadas tendendo  para o nordestino.  Na divisa com São Paulo o dialeto mineiro sofre outra alteração. É a mistura das heranças  do Tupi-Macro-Jê com a influencia do português europeu vulgar mais o africano que gerou o dialeto mineiro tendencioso ao caipira ,  falado em São Paulo e finalmente no estado do Rio de Janeiro,  cujo dialeto já é a mistura das heranças indígenas  Tupi com o Pury(Macro-Jê), com influencia do crioulo e  Grande influencia do português europeu  culto, pois a  norma culta era  falada  em toda corte, influenciando o falar do  fluminense - carioca.
As demais fronteiras, pertencem as mesmas heranças linguísticas, ou seja  ao mesmo Tronco Macro-Jê, a a variação das influencias do crioulo e português europeu vulgar, tendendo sempre a se misturar ao outro dialeto sem perder a essência  do mineirês.  Como a diferença regional do falar mineiro é muito forte, mesmo nas  mistura  com o baiano, paulista e fluminense-carioca ele não perde sua característicF.
Quanto aos Gerúndios, em que a terminação "do" é trocada  para  "no" não se pode dizer que que tal peculiaridade é  do falar mineiro, tendo em vista  essa troca ocorrer em todos os estados  do nosso país.
O dialeto mineiro,  contribui grandemente para com a língua portuguesa, não se trata de uma babel linguística e sim a mescla dialetal e de idiomas que construíram a nossa língua desde o latim  até as nossas heranças linguísticas como demonstrado no desenrolar das pesquisas e considerações anteriores.
 Diante  das justificativas apresentadas, não se deve aceitar qualquer preconceito linguístico  ao falar acanhado e simples  divergindo não somente  os fonemas, mas o sotaque  do povo mineiro.
Acredita-se, que esta simplicidade é também herança indígena, que os levam a falar de forma autêntica e na maioria das vezes no diminutivo.
















domingo, 5 de setembro de 2010

Justificativa continuação

Nas transformações das palavras, quando há queda  da ultima letra e o aparecimento de um acento, seja ele agudo ou circunflexo, pode-se dizer que é uma influencia da língua geral africana  ou falar crioulo, que influenciou a  área rural e urbana.  Pode-se afirmar que é influencia da língua africana, em razão da inexistência de consoante nos finais das palavras no banto e yorubá, língua esta, falada na região da África de onde vieram os negros  vendidos  aos portugueses para a mão de obra escrava na então colônia de Portugal, hoje Brasil.
Exemplo:
Língua Portuguesa         falar crioulo(yorubá ou banto)   Ponderações

Verbo cantar                cantá                                     Perde a letra "R" e recebe o acento agudo.
Verbo vender               vendê                                    Perde a letra "R" e recebe o acento circunflexo.
Pronome Senhor          Sinhô                                     Perde a letra "R" e recebe o acento circunflexo.
Pronome Senhora       Sinhá                                     Perde as letras "O e R"e recebe acento agudo no"A". Substantivo Mulher      muié                                      Perde o dígrafo "lh e o R final" e ganha i.
Substantivo Ccoronel    Coroné                                  Perde o "L" final e ganha  o acento agudo.
Os livros                      us livru                                   Falta concordância.

nestes casos, podemos identificar, claramente, o aparecimento dos apócopes e aférese nas palavras , as trocas das letras e o surgimento dos acentos marcando a sílaba tônica caracterizando a influencia do falar crioulo.
Não podemos permitir preconceito linguístico, no falar crioulo  ou africano, pois houve grande contribuição para o léxico  do português brasileiro, assim como seus costumes e sua cultura afro.

INFLUENCIA AFRICANA NAS CANÇÕES DE NINAR

Dança urubu !
Eu não Sinhô!
Pruque ocê num dança?
Eu sô doutor.

O falar crioulo, não está presente somente no falar mineiro, mas também, de Norte a Sul do Brasil.
O mineiro, até a década de 1960, era mais comum fazer o diminutivo em " ITO" e não em "INHO".
Exemplo:
magro      -  magrilito  -    magrinho;
pão         -  paozito    -    pãozinho;
João       - Joãozito   -    Joãozinho;
manga     - manguita   -   manguinha;
menina    - meninita    -   menininha;
pequeno - piquitito     -   pequenino.

Como a Língua Portuguesa e a Italiana tem origem no latim, pode-se dizer que tal influencia fora introduzida no Brasil Colônia  pelas duas línguas, pois ambas  abrasileiradas utilizam estes diminutivos falados não somente em Minas Gerais, mas também em outras regiões brasileiras.

No falar mineiro, encontramos variações de termos que variam conforme a região, tais como:
Zona da Mata                              Vale do Jequitinhonha,            Norte de Minas, Vale do São Francisco e
                                                     Mucuri                                  Belo Horizonte 
Bico                                             consolo
Currutela (pequena rua)               
Abano ( peneira sem furo )           
Agaravios                                  (apetrechos )                        
Bacurim ( bebê )                        Bacurim (Leitão amamentado )    
Boco moco, mixuruca                                                                 Baranga (coisa de mal gosto )
 Mirrado                                    Bembeu ( pessoa raquitica )             
Zureta  ( doido aluado)               bistonado            
Bololô (briga, confusão )              
Cortiço                                                                                              bonserá
Breguete (sinonimo de trem )                                                              breguete
                                                                                                          Brol ( má qualidade)
                                                                                                          Burgalian (tecido listrado )
                                                                                                          Calumbi ( mata de espinho)
Bruto (estúpido)                                  
 Carriá (rio do peixe )
Pemba (macumba )
Murrinha ( pão duro)                 Cazumba (Res morta acidental)

Esgadanhado (despenteado )              esgadanhado                              esgadanhado
Entrufado ( mal humorado )                entrufado                                   entrufado
Magrilito - tísico                                 estriziado
Espirito Santo de orelha   -   (descoberta de ações ou assunto, dificultando alguém  agindo as ocultas )
                                                    espírito santo de orelha             espírito santo de orelha
Franga (recusa de namoro ou dança )  franga                                      franga
Frisete ( prendedor de cabelo )  desmazelo                                         desmazelo
Catireiro                        ( quem vive de barganha, também chamado de gambireiro, fazedor de gambiras)
Lapa                                (   ponta de chicote)
Estou de canto chorado   (passando por problemas seja de  nível familiar, financeiro ou qualquer outro)
Cascudo ( peixe, pode ser também bater com a dobra dos dedos na cabeço de alguem )
Gongó (peixe  conhecido como cascudo   )  falado  próximo a capital de Minas.
Isquitinha                         ( migalha de alguma coisa, diminutivo de isca )
Perrengue( fraco, doente, problema)   inguengado                        ( Perrengue- fraco, doente, problema)
Pernilongo ou moçorongo               jatium ( mosquito)                    pernilongo
Jurabé      ( diabo )                          jurabé ( Diabo )                      Jurabé  (diabo  )
 Inquieto                                          Laquera  (agitação infantil )     Inquieto                                
Mãe-do-corpo ( Placenta )              Mãe-do -corpo                      Mãe-do-corpo
Missangueiro( leva sua produção      Missangueiro                          Missangueiro
ao mercado para vendê-la  )           
Patota   (grupinho de jovens)           Moa( sul de Minas  )               patota  (grupinho)
Negrinha (suporte do quador ou coador )   Mariquita                     Negrinha
Besta  ( bobo  )                               Mané                                      Besta (bobo  )  
Pateco(relógio grande de bolso )  Pateco                                        Pateco
Estronca                                       Pigarro(triangulo mineiro, escora do cabeçalho do carro de boi  )
Pichorra                                                                                   pranga                                                         
Montar no trato ( desfazer negócio)  Quiabar( Nepomuceno Sul de Minas )
Malanjambrado ( roupa larga no corpo)   Riúna                        Malanjambrado
 roupa larga no corpo
Sufregante ( abrir e fechar os olhos ou piscá-los) Sufregante ou piscar os olhos
 Vassalo (Guarda de Nossa Senhora  )Varsal                           Vassalo(guarda de Nossa Senhora )
Troar (sair as pressas, correndo ou fugir)                                   Troar(sair as pressas, fugir ou correr  )
Vacavém(parte trazeira do carro de boi  )  Vacavem

Expressõers bastante usadas nas regiões de Minas Gerais

EXPRESSÕES                                                              SIGNIFICADO

Bater no coro para o burro entender ou                  Falar por enígfmas ou indiretas
Bater na cangalho  para o burro entender
Não desenterrar defunto velho                                Não pucar do passado  assunto que trás discordia
Beber agua que passarinho não bebe                      beber pinga ou cachaça
Batar os podres para fora
Colocar em pratos limpos                                        falar a verdade
Burro como uma porta                                               tapado, rude, ignorante
Cair das nuvens                                                          decepção
Chover no molhado,
Pregar no deserto ou ainda                                        Insistir em algo que não vai trazer resultado
Malhar em ferro frio        
Da pá virada
Levado da Breca                                                       Menino traquino, levado
Descer de Toa( Ô )                                                  Ir ao sabor das águas, se remar
Vou sacudir a cangalha                                             Remover problemas
De menor                                                                 Menor de idade
De maior                                                                  Maior de idade
De com força                                                            Com força( Januária)
De já hoje                                                                 há pouco tempo (  Sul de Minas)
De primeiro                                                               Antigamente






Justificativa continuação

Com tanta herança e influencia linguística, aférese e apócope,não é de se estranhar que no mineres haja a supressão das palavras " nossa e mesmo " quando se diz:  nossa Senhora! e  é mesmo! para "no! e É mês!" respectivamente. Podemos também acrescentar a evolução do pronome "você " que originariamente era Vossa Mercê, houve a supressão  do sufixo da primeira palavra e o prefixo da segunda, assim como, em Nossa e Mesmo e ganha acentuação, na primeira agudo na segunda circunflexo.
O mineres, não se resume aos vocabulários " trem, uai! no! e  é mês!" vai muito mais além, pois seus ancestrais das etnias que falavam línguas classificadas como Macro-Jê,  eram chamados de "língua travada"assim podemos citar outros pontos, principalmente no encontro de suas  consoantes, nos quais  há a supressão de letras e sílabas.
Exemplo
Vá embora            para  vá Simbora;
posto da torre       para Pos'da torre;
preste atenção      para Pre'tenção;
ponto de ônibus    para Pon'djionibus;
poço de petróleo  Pos'djipetroleo;
posto de saúde     Pos'djisaude;
posto fiscal           Pos'fiscal;
ponto de cruz       Pon'djicruz.

Podemos observar, nestes casos que:
a) Vá simbora!   - não fora suprimido e sim acrescido a letra "S" e a troca do "E" pelo " i ";
b) Pos'datorre    - fora suprimido a sílaba "to" e o prefixo anexado a preposição "da";
c) Pon'djionibus -  fora suprimido a sílaba "to " e o prefixo foi anexado a preposição "de" com a    sonoridade    do fonema dji (língua Puri);
d) Pos'djipetróleo - fora suprimida a sílaba  "ço"  a troca do "Ç" pelo "S" , o prefixo fora juntado à preposição "d" com a sonoridade do fonema  "dji" (língua Puri);
e) Pos'saude - neste caso fora suprimido a ultima sílaba da primeira e a preposição "de " e juntado a segunda palavra  à primeira em sua totalidade (os apóstrofos são de origem da lingua Puri );
f) Pos'fiscal       - houve apócope da sílaba "to"  e a fusão da primeira palavra com a segunda ( os apóstrofos são de origem da língua puri);
g) Pon'djicruz  -  fora suprimido a sílaba "to" e o prefixo fora anexado a preposição "de " com sonoridade do fonema "dji " que se pronuncia tudo junto Pos'djisaude.
Nas línguas classificadas sendo do tronco Macro-Jê, é comum o uso do apóstrofo, que o processo é o mesmo da língua portuguesa, pois  quando utilizamos o apóstrofo estamos sinalizando que houve  a supressão de alguma sílaba ou letra, tal como podemos observar quando falamos  e escrevemos  o termo copo d'agua.
Como podemos observar, nestes casos, não há influência do falar crioulo e sim herança indígena.
Podemos considerar, que o surgimento da palavra "SÔ"  em final de frase  como Uai e SÔ e Ô trem bom, sô! há quem diga  que vem do verbo ser (primeira pessoa do singular, do presente do indicativo ) assim como,  acredita-se  que seja  o apócope da palavra Senhor ( SÔ).

domingo, 29 de agosto de 2010

Justificativa Continuação

Já em 1565, havia o chamado preconceito linguístico, tanto dos portugueses em relação ao tupi  como de ambos aos falantes de etnias agrupadas no tronco Macro-Jê.
Conforme explica a professora do Departamento de Linguística da UnB (Universidade de Brasília), Raquel do Valle Dettoni, o goiano fala com os traços  muito puxados no "R " que é normalmente chamado de "R" caipira, ou linguisticamente falando de "R" retroflexo. "Como o goiano fala com esse "R" muito puxado, supõe-se que  isso possa ter tido ao longo da história uma influencia da linguagem utilizada pelos bandeirantes que viviam na região do estado de São Paulo.  Esses bandeirantes tinham o português marcado por esses traços , já que eram das áreas mais interioranas do Brasil, principalmente as que chamaríamos de caipira".
A tese de doutorado da professora, estudou o dialeto da baixada cuiabana, que é formada pela capital Cuiabá e pelos municípios mais antigos que se criaram no inicio da colonização nas margens do rio Cuiabá e Paraguai. Ela conta que na época da colonização os bandeirantes que penetraram  pelo norte do estado do Mato Grosso  e levaram a suposta língua geral Paulista , que era de base indígena (tupi). O Contato do português dos colonizadores com as línguas indígenas locais (* falantes de etnias do tronco Macro-Jê) resultou  no dialeto cuiabano.
Algumas características são muito fortes nessa  fala regionalizada específica de Mato Grosso.  "Por exemplo:
os mato-grossenses não falam chuva e peixe , com esse som de "CHE" que nós temos, fala-se "tchuva" e "petche". Também não se fala caju e laranja, com esse som de 'GÊ' , fala-se "cadju" e "larandja", ressalta Raquel.
Como podemos observar no que foi demonstrado pela professora Raquel, comparando com o falar mineiro, a pronuncia do "DJI"  acontece todas as vezes  que  os nascidos no Estado de Minas Gerais, pronuncia  "DI" com o fonema "DJI", assim como o mato-grossense na pronuncia  dos vocábulos CADJU  e LARANDJA.
Na região de Caratinga, Manhuaçu e adjacências, é comum  se ouvir falar "male" ao invés de "mal" que tem sua origem no latim e que na transposição desse vocábulo para a língua  portuguesa, houve a supressão da vogal "e" , assim como em hospital e coronel (o termo  male, hospitali e coroneli ainda  é muito empregado pelas pessoas mais idosas).
Os termos "trem e uai", são de maior crítica  aos mineiros, porem , quando o mineiro diz: " vou comer um trem, ou vou olhar um trem; ou ainda que trem é esse? Não  está cometendo erro  na língua portuguesa, tendo em vista, o termo "trem" ter sua origem no latim "trabere" cujo emprego  do mesmo, pode ser  para referir-se a qualquer coisa. Quanto a interjeição ou afirmção "uai" surgiu do Inglês "why"em torno de 1765, quando se deu a construção da ferrovia  do trecho Minas - Vitória.

* A região central do Brasil, composta  pelos, hoje estados Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, não era habitada por etnias falantes do Tupi e sim dos falantes de etnias   agrupadas no tronco Macro-JÊ.

sábado, 28 de agosto de 2010

Justificativa - Continuação

Com o vocábulo frigidum  do latim, quando transposta para a Língua Portuguesa, ela se transforma em frio. No mineres ela ganha o ditongo "iu" e é pronunciada "friiu ".  É uma posição intervocálica.
Os grupos que vinham do latim e outros  que se formaram pela queda da vogal átona  localizada após a sílaba tônica, transformando-se no dígrafo lh a saber:
olho - oliiu, polvilho - polviliiu; estolho - estoliiu; espelho - espeliiu.
Quanto a juntar as  palavras, temos a influencia dos romanos cuja pronuncia era juntando as palavras umas as outras e, quando surgiu a grafia, esta, era realizada  da mesma forma, anexando  os vocábulos  uns aos outros formando uma expressão.
No Tupi, também ocorre a aférese e o apócope na junção de dois termos para formar um terceiro. Assim temos a palavra " oca ", que significa casa e a preposição " pé " que quer dizer "in". 
Exemplo:
Oca e pé  a primeira perde o "A" e em seu lugar surge o "I", ao se juntar com a segunda surge  uma terceira palavra " Ocipé".
Nas palavras começadas com a letra "B" acrescenta-se "M" antes. É como a língua portuguesa  escreve-se " m " antes de " P e B". Em Tupi em maio a fala  a letra "B" é precedida de " M ".
Exemplo:
timbára , timaba.
Em nomes compostos  suprime-se a ultima  vogal do primeiro e junta-se, sem hífen, o segundo nome, formando uma terceira palavra.
Exemplo:
mbauúma e umbauúboca - que quer dizer casa de barro.
As letras " CE e Ç' tem a mesma pronuncia  da língua portuguesa e as nasalações ocorrem com a colocação do "til , m  e n".
Esta demonstração de transformação de palavras , não acontece somente nos substantivos e preposições, mas também, nos adjetivos, advérbios e nos acréscimos de partículas principalmente nos futuros do indicativo, optativos, nos pretéritos imperfeitos do conjuntivo.
Exemplo:
apâb, acém, apén e asur.
 Tanto os tamoios como os tupis tocavam o "I" com grande delicadeza, e nas consoantes "C e G" a pronuncia era da mesma forma  aimeeng, aimeénginé.
 Nos vocábulos terminados em "T", como acepiát e aipotâr; na  formação dos compostos cai a última consoante do primeiro verbo e as duas primeiras letras do segundo verbo, assim como a mudança  do acento grave para circunflexo na primeira palavra, e  a segunda permanece o acento.
Exemplo :
verbos acepiàt e aipotâr  se transformam em acepiâpotâr
Deve-se observar que na língua Tupi, há  abundância  na acentuação com o uso do acento grave, agudo, e circunflexo na mesma palavra.
Nomes com a preposição " pé ", que quer dizer " in " em palavras que tem acento na penúltima sílaba , perdem a ultima  vogal.
Exemplo:
oca= casa transforma-se em ócipé que quer dizer casa; sendo o "I" de ócipé com a pronuncia áspera.
No tronco Macro-JÊ, especialmente, nas poucas palavras encontradas  no Vocabulário da Língua Pury, há várias palavras  escritas  com o fonema "DJI" com pronuncia   semelhante a de "DJIÃO = JOÃO ";  DE OLIVEIRA = DJIOLIVEIRA.
No Brasil de 1500, não se falava somente o Tupi, havia o Guarani no sul, o JÊ na região central e no sudeste, porém os Jesuítas mantiveram contato com os tupis e estudaram somente  a Língua Tupi, que consideravam os Jês como inimigos, tanto no contato físico como  na língua. Viviam em guerra e os apelidaram de  tapuias, que significa bárbaros,  e como falavam diferente  os chamavam de língua travada e silvícolas. Essa desavença foi transmitida aos catequizadores, que olhavam os JÊS, preconceituosamente, tanto no contato catequético , como linguístico. Assim podemos observar, pela falta de registros das línguas que integram o tronco Macro-Jê, línguas faladas pelas etnias  dos habitantes  da região central, norte do Rio de Janeiro, Espirito Santo  e todo o território que hoje  é o estado de Minas Gerais.