sexta-feira, 23 de julho de 2010

Grupos Índígenas no Estado de Minas Gerais

Hoje a população indígena é estimada  em aproximadamente cinquenta e duas mil pessoas (Prezia 2000.62.66).
São oito o número dos grupos indígenas de Minas Gerais, todas as etnias pertencem ao tronco Macro-Jê, e não podemos ignorar que as características ainda são muito evidentes  nestes grupos de mineiros.
Dos nossos antepassados, que viveram em nosso território a  mais de cinco mil anos, tanto no sotaque como nas diferenças dialetais devido aos dois troncos linguísticos Tupi e Macro-Jê, que agrupam várias etnias, nós somos herdeiros  linguístico.
No entendimento de Viáro, no caso do Brasil, das mais de cem línguas ainda viva, nenhuma influenciou tanto o português brasileiro como o tupi. O tupi vem do Tupi, que faz parte do tronco Tupi, que se costuma dividir  em tronco Tupi-guarani, que comporta várias línguas, desde os mbiá no Rio Grande do Sul  até  o wayão do Amapá e os grupos tupi não guarani, a maioria do Mato Grosso e Região Norte: karitiana, juruna, monde, mundurucu, tupari ramarana, awetê, puruborá, saterê-mawé.  Além da família tupi há outras, cuja influencia no léxico português  ainda não foi suficientemente estudada, são elas: karib, aruak, tucano, maku, yanomami, guaikuru, txapacura, pano, mura, katukina e Macro-Jê, famílias que muitas vezes comportam línguas bem diferentes.  Há ainda as chamadas línguas isoladas, sem filiação aikaná, arikapu, awaké, irantxe, jabuti, kanoê, koaiá, maku, trumai, e tocuna. ( Rodrigues 1986 ).
Dos dois grandes troncos linguísticos, os estudiosos tem se dedicado mais ao tronco Tupi, poucos são os registros do tronco Macro-Jê, o que dificulta o estudo das linguas indígenas no Brasil.  Existem mais de duzentas etnias indígenas diferentes e cada uma delas fala ou já falou sua própria língua.
Os povos que viviam na costa do Brasil, no século VI, falavam línguas dessa família e a língua documentada pelos Jesuítas é o Tupinambá, também chamado de Tupi antigo.  Não podemos ignorar que o Tupinambá trouxe um grande legado à língua portuguesa, ao passo que o legado  deixado pelo tronco Macro-Jê, foi muito menor abrangendo somente a região central do Brasil, com características marcante não somente nos nomes  dos rios e cidades, na alimentação, nos artesanato, mas também na pronuncia, no sotaque e na linguística.
Com relação ao tronco Macro-Jê, era falado em toda região central do país e em Minas Gerais temos um grupo indígena homonimo que no século XIX, habitava os estados brasileiro do Espírito Santo, Rio de Janeiro e o Sudeste de Minas Gerais; são os Purys que falavam a língua do mesmo nome, já  extinta.

Um comentário:

  1. Gostaria de saber mais sobre os índios em Caparaó-MG. Sou uma descendente deles...

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