Português Puri
B
boca tschoré
bocaina djareh
beber tch'mbá
boi tapira
bom schuteh
bonito schuteh
braço lacareh
brajaúba( palmeira ) pahtan
branco ( homem ) haranjúa
branco (cor ) ohkarôna
barriga tukin
C
cateto sotakon
coluna vertebral am'mi
cabeça nguê
cabelo quê
cacau tembóra
café pahrahda
caititu sotakon
calor pretôma
cana-de-açúcar tupânãrikê
cantar ndl'ôno
capim chipampeh
capivara bodaqueh
capoeira chicopó
carne arikê
carvão mboórvan
casca popeh
cachorro shindeh
casa nguára
casar djeeh
cego ahmripapú
chover nhãmaku-uh
cobra shahmûm
colérico kochna
comer masché
conversar tschóre bacoiah
corda tumah
córrego nhãmanrúri
couro peh
curar (eu curo) ah ndond
cotia bohkôn
Observa-se a grande incidência de apóstrofos, assim como do fonema DJ, e do tsch, o que não ocorre no tupi antigo, demonstrado anteriormente. Consequentemente ocorreu a transferencia para o dialeto mineiro, goiano e com mais preponderancia , ainda nos dias de hoje no dialeto matogrossence.
sábado, 24 de julho de 2010
Vocabulário Pury (Torrezão - 1889 ) "A" e "B"
Vocabulário da Língua Pury ( Torrezão - 1889)
A
Português Puri
achar iah
acender kandú
adoecer kondón
agarrar iahga
água m'nhâmã
amargo kandjuh
amarelo putuhra
andar kehmûm
anta pennân
arara djasvatahra
arco ohmrin
arroz mem'rina
árvore mpó
assar mbôri
avô antah
avó titiñan
B
banana maçã baoh
barbado ( macaco ) tokeh
barriga tikim
batata churumûm
beiço tsché
A
Português Puri
acender kandú
adoecer kondón
agarrar iahga
água m'nhâmã
amargo kandjuh
amarelo putuhra
andar kehmûm
anta pennân
arara djasvatahra
arco ohmrin
arroz mem'rina
árvore mpó
assar mbôri
avô antah
avó titiñan
B
banana maçã baoh
barbado ( macaco ) tokeh
barriga tikim
batata churumûm
beiço tsché
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Vocabulário da Língua Pury Tronco Macro-Jê
O pury, juntamente com o coroado e koropó compõem uma familia homônima, que integra o Tronco Macro-Jê. Essa língua era falada no vale do rio Itabapoana, médio Paraíba do Sul e nas serras da Flexeiras e da Mantiqueira, entre os rios Muriaé e Pomba e dividia-se em três subgrupos: sabonan, uambori e xamixuna e sua extinção se deu no século XIX.
Em 1989, foi publicado o vocabulário Pury, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. As palavras colhidas por esse engenheiro em Abre Campos é um dos poucos registros de como os Puris falavam Karl Friedrich Philipp Von Martius e Wilhelm Ludwing Von Eschwegw, coletaram palavras de línguas da familia puri. Uma das listas é do próprio puri.
LÍNGUA GRAMÁTICA E VOCABULÁRIO
Vogais : A, a, e é, i, i, o, ó, u, u.
Consoantes: B, č, dz, dž, s, š , g, k, m, mb, n, ñ, p, ph, r, th, y.
Oração:
- Vocabulário da Língua Pury Tronco Macro-Jê.
Em 1989, foi publicado o vocabulário Pury, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. As palavras colhidas por esse engenheiro em Abre Campos é um dos poucos registros de como os Puris falavam Karl Friedrich Philipp Von Martius e Wilhelm Ludwing Von Eschwegw, coletaram palavras de línguas da familia puri. Uma das listas é do próprio puri.
LÍNGUA GRAMÁTICA E VOCABULÁRIO
Vogais : A, a, e é, i, i, o, ó, u, u.
Consoantes: B, č, dz, dž, s, š , g, k, m, mb, n, ñ, p, ph, r, th, y.
Oração:
Acenda o fogo Poteh Kanduh
Agua está fervendo Munhãmá
Cala a boca Kandl'ô
Eu fui-me embora Ah mahmúm
Eu moro aqui Ah! lekah!
Fogo apagou Poteh ndran
O tempo está ruim ohpúêráschka
Quebro-te a cabeça com um pau Guê ah mopô
Embora quero beber cachaça Ah canjana muiá ( ah canjana mumbáo)
Vá-se embora Má-ndohm'
Vou-me embora Ah! Ndômo!
Agua está fervendo Munhãmá
Cala a boca Kandl'ô
Eu fui-me embora Ah mahmúm
Eu moro aqui Ah! lekah!
Fogo apagou Poteh ndran
O tempo está ruim ohpúêráschka
Quebro-te a cabeça com um pau Guê ah mopô
Embora quero beber cachaça Ah canjana muiá ( ah canjana mumbáo)
Vá-se embora Má-ndohm'
Vou-me embora Ah! Ndômo!
Grupos Índígenas no Estado de Minas Gerais
Hoje a população indígena é estimada em aproximadamente cinquenta e duas mil pessoas (Prezia 2000.62.66).
São oito o número dos grupos indígenas de Minas Gerais, todas as etnias pertencem ao tronco Macro-Jê, e não podemos ignorar que as características ainda são muito evidentes nestes grupos de mineiros.
Dos nossos antepassados, que viveram em nosso território a mais de cinco mil anos, tanto no sotaque como nas diferenças dialetais devido aos dois troncos linguísticos Tupi e Macro-Jê, que agrupam várias etnias, nós somos herdeiros linguístico.
No entendimento de Viáro, no caso do Brasil, das mais de cem línguas ainda viva, nenhuma influenciou tanto o português brasileiro como o tupi. O tupi vem do Tupi, que faz parte do tronco Tupi, que se costuma dividir em tronco Tupi-guarani, que comporta várias línguas, desde os mbiá no Rio Grande do Sul até o wayão do Amapá e os grupos tupi não guarani, a maioria do Mato Grosso e Região Norte: karitiana, juruna, monde, mundurucu, tupari ramarana, awetê, puruborá, saterê-mawé. Além da família tupi há outras, cuja influencia no léxico português ainda não foi suficientemente estudada, são elas: karib, aruak, tucano, maku, yanomami, guaikuru, txapacura, pano, mura, katukina e Macro-Jê, famílias que muitas vezes comportam línguas bem diferentes. Há ainda as chamadas línguas isoladas, sem filiação aikaná, arikapu, awaké, irantxe, jabuti, kanoê, koaiá, maku, trumai, e tocuna. ( Rodrigues 1986 ).
Dos dois grandes troncos linguísticos, os estudiosos tem se dedicado mais ao tronco Tupi, poucos são os registros do tronco Macro-Jê, o que dificulta o estudo das linguas indígenas no Brasil. Existem mais de duzentas etnias indígenas diferentes e cada uma delas fala ou já falou sua própria língua.
Os povos que viviam na costa do Brasil, no século VI, falavam línguas dessa família e a língua documentada pelos Jesuítas é o Tupinambá, também chamado de Tupi antigo. Não podemos ignorar que o Tupinambá trouxe um grande legado à língua portuguesa, ao passo que o legado deixado pelo tronco Macro-Jê, foi muito menor abrangendo somente a região central do Brasil, com características marcante não somente nos nomes dos rios e cidades, na alimentação, nos artesanato, mas também na pronuncia, no sotaque e na linguística.
Com relação ao tronco Macro-Jê, era falado em toda região central do país e em Minas Gerais temos um grupo indígena homonimo que no século XIX, habitava os estados brasileiro do Espírito Santo, Rio de Janeiro e o Sudeste de Minas Gerais; são os Purys que falavam a língua do mesmo nome, já extinta.
Com relação ao tronco Macro-Jê, era falado em toda região central do país e em Minas Gerais temos um grupo indígena homonimo que no século XIX, habitava os estados brasileiro do Espírito Santo, Rio de Janeiro e o Sudeste de Minas Gerais; são os Purys que falavam a língua do mesmo nome, já extinta.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Diferença entre Indios falante da Língua Tupi - Guarany e Macro-JÊ
Há grandes diferenças entre o povo tupi e os macro-jês, pode-se destacar a espiritualidade, a alimentação, o artesanato e outras.
Da espiritualidade
Quanto a espiritualidade, os Jês, são direcionados pela ideia da vida, enquanto os tupis, vêem o mundo dos mortos muito mais presente.
Da alimentação
As sociedades Jês, nos legou o gosto pelo consumo do feijão, do milho, do amendoim, do churrasco, peixe, frutas e raízes ao passo que os tupis, o consumo da mandioca e seus derivados pirão, frutas, raízes, mel e larvas uns preferem casa de chão outros não. Temos que ressaltar também os tratamentos a base de ervas e raízes extraídas da matas.
Da música
Tanto os Jês como os Tupi nos deixaram o gosto pela música, o primeiro temos o famoso " Canto do Vaqueiro do Sertão" e do forro e o segundo os cantos folclóricos e suas danças.
Dos Rios e Cidades
Os Jês nominou os rio e cidades na região que habitavam tais como: Poté, Nanuque, Corumbá, Cuiabá, Chapecó, Caratinga, Manhuaçu e outros. O mesmo ocorreu com os índios Tupis nominaram as cidades e rios nos territórios onde habitavam tais como: Caicó, Timbira, Curupi, Tietê, Grajaú, Pindamonhangaba, Inhangabaú e outros.
Do Artesanato
As etnias pertencentes ao tronco Macro-Jês são ótimos artesãos em taquaras, bambus, palhas, embiras, na fabricação de esteiras e penas, na produção de cerâmica são mais simples, assim no manuseio da cerâmica, perdem para os do Tronco Tupi que produzem este artesanato mais sofisticado e aparentemente de melhor qualidade , assim como a produção de redes. por isso, os Jês dormem pele de animais ou em esteiras ou jiraus, ao passa que, os tupis dormem em redes.
No Vocabulário
Há grande diferença no vocabulário Jês se comparado ao Tupi. No Jês encontramos grande incidência do fonema "DJ" e a utilização de apóstrofos no Tupi antigo as acentuações, a forma de formação de palavras compostas e de frases, conforme demonstrado anteriormente comparando a Arte da Gramática da Língua mais falada na costa do Brasil - Pe Anchieta, e o vocabulário da Língua Pury que será demonstrado mais adiante.
São muitas as diferenças entre as etnias do Tronco Macro - Jê e do Tronco Tupi, logo os habitantes dos estados centrais de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso tem sua cultura, seus costumes, sua alimentação e como não poderia ser diferente, uma forma ímpar no falar e nos seus sotaques . Sem preconceito linguístico, é claro.
Diferença entre Indios falante da Língua Tupis - Guaranys e Macro-JÊ
Há grandes diferenças entre o povo tupi e os macro-jês, pode-se destacar a espiritualidade, a alimentação, o artesanato e outras.
Da espiritualidade
Quanto a espiritualidade, os Jês, são direcionados pela idéia da vida, enquanto os tupis, vêem o mundo dos mortos muito mais presente.
Da alimentação
As sociedades Jês, nos legou o gosto pelo consumo do feijão, do milho, do amendoim, do churrasco,
ao passo que os tupis, o consumo da mandioca e seus derivados
da música como o famoso " Canto do Vaqueiro do Sertão" e do forró
Da espiritualidade
Quanto a espiritualidade, os Jês, são direcionados pela idéia da vida, enquanto os tupis, vêem o mundo dos mortos muito mais presente.
Da alimentação
As sociedades Jês, nos legou o gosto pelo consumo do feijão, do milho, do amendoim, do churrasco,
ao passo que os tupis, o consumo da mandioca e seus derivados
da música como o famoso " Canto do Vaqueiro do Sertão" e do forró
Da Organização Territorial, Política e Matrimonial dos Falantes Macro-JÊ
Da Organização Territorial
Todas as etnias pertencente ao tronco línguistico Macro-Jê, suas aldeias, são organizadas em forma de meia lua, e as pontas são destinadas uma delas a oca religiosa e a outra administrativa, tem grande respeito pela área central da aldeia, não dormem em redes e sim em esteiras de palha, ou em pele de animais ou constroem jiraus,(camas construídas por varas de madeira).
Os indígenas Jês, dão muito valor ao seu território tradicional e seu lugar dentro da aldeia, não sabendo sobreviver sem seu povo, sem a referencia do seu povo, sem a referencia do seu território, não se situam no mundo. Por esta razão suas aldeias são bem estruturadas e organizadas.
Os Jês não são machistas, pois dentre as pessoas qualificadas para exercer a função de Cacique e Pagé, se mulher são escolhidas sem discriminação.
Da Organização Política
Quanto a sua organização política, os Jês são hierarquizados, tem um Cacique Geral, o grupo se divide em duas partes que se revezam no comando da aldeia , o chamado "Sistema das Metades ", durante um determinado período a administração cabe a uma dupla e ao final mais dois são nomeados como Governantes por mais um período. Os jovem são inseridos, como participantes muito cedo, antes de ingressarem na vida adulta. As mulheres também são escolhidas para tais postos.
Do Matrimonio
A vida a dois desses povos, é bem moderna, entravam em atividade sexual muito cedo e antes do casamento, o sexo era praticado fartamente. Ao se casarem , era na maioria das vezes no meio do seu povo, e deste momento em diante se tornavam fieis aos seus parceiros. As mulheres se tornam mães entre treze e quatorze anos e o rapaz , pai entre dezesseis e dezessete anos.
Da Espiritualidade
Da Espiritualidade
Os povos Jês, não se relacionam bem com a morte ao contrário, são direcionados pela vida e crêem que a morte é inimigo da vida
terça-feira, 20 de julho de 2010
Das heranças linguísticas ( etinias que habitavam a região centralI)
Índios Purys
Índios Botocudos
Das etnias que habitavam a região central, todos pertenciam ao tronco linguístico Macro-Jê. Devido a grande diferença linguística entre eles e os Tu pi, estes os apelidaram de língua travada. Como os Tupis não tinham simpatia pelos Jês , os chamaram de Tapuias, que em tu pi quer dizer inimigo, bárbaros, selvagem e outros. Eram eles os chamavam de Purys, mas se tratava dos Coroados, em virtude de rasparem a cabeça com navalha de taquara, Aymorés em destaque os Kamakãn, Pataxos, Maxacalis e os Botocudos( costume de usar alargadores labiais e nas orelhas ), propriamente ditos, que falavam línguas diferentes dos outros indígenas do Brasil.
Das etnias que habitavam o território que hoje é o Estado de Minas Gerais, temos os Purys que se tratavam de pessoas mansas e tímidas, ágeis e destemidos . Ótimos caçadores e pescadores, extraiam da natureza o que era necessário a sobrevivência e cultivavam o milho, assim como as demais tribos da região central. A estratégia na organização física da aldeia, nos artesanatos, no regime de governo e na valorização dos seus componentes independente de sexo, era a mesma para todo o povo que fala a língua do tronco Macro-Jê
Das heranças linguisticas
Dos nossos ancestrais, herdamos não somente a genética presente no DNA de cada indivíduo, mas também, o falar. Não podemos descartar a herança da língua falada pelos nossos antepassados.
Os nativos da América que foram chamados de índios por Cristóvam Colombo, e especialmente os que habitavam o território do atual Brasil, segundo Gilberto Cotrin, história Global, p.181, foram os aruaques, jês e tupis - guaranis.
Na Região do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais , os Jês. Esses povos se fixaram nas regiões do cerrado e caatinga e em razão disto, os primeiros contatos foram com os bandeirantes que iam ao interior em busca de riquezas naturais , tais como ouro e pedras preciosas e de mão-de-obra indígena, com o objetivo de os subjugarem escravidão.
Os nativos da América que foram chamados de índios por Cristóvam Colombo, e especialmente os que habitavam o território do atual Brasil, segundo Gilberto Cotrin, história Global, p.181, foram os aruaques, jês e tupis - guaranis.
Na Região do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais , os Jês. Esses povos se fixaram nas regiões do cerrado e caatinga e em razão disto, os primeiros contatos foram com os bandeirantes que iam ao interior em busca de riquezas naturais , tais como ouro e pedras preciosas e de mão-de-obra indígena, com o objetivo de os subjugarem escravidão.
domingo, 18 de julho de 2010
Interferência na fonologia , pronúncia banto - Língua Africana nos falantes brasileiro
INTERFERÊNCIA NA FONOLOGIA, PRONÚNCIA
Segundo Pessoa de Castro:
Segundo Pessoa de Castro:
1 - A tendência do falante brasileiro em omitir as consoantes finais das palavras ou transformá-las em vogal, * falá, *dizê * Brasiu, coincide com a estrutura silábica das palavras em banto e em iorubá, que nunca termina em consoante.
2 - Ainda de acordo com a estrutura silábica dessa línguas , onde não existem encontros consonantais, como ocorre em português, também se observa, na linguagem popular brasileira, a tendência de desfazer esse tipo de encontro, seja na mesma sílaba ou em sílabas contíguas, pela intromissão de uma vogal entre elas, que termina por produzir outra sílaba, a exemplo de * saravá para salvar, *fulô para flor.
Fatores determinantes
A grande quantidade de negro e afro-descendente, comprovada pelo senso de 1823, que apontou em 75% de negros e mestiços do total da população brasileira, superior ao números de portugueses ee demais europeus existentes em território brasileiro, é que levou a essa influência linguística africana a estar bem mais presente na nossa cultura linguística.
Há autores e linguistas, que negam a influencia africana nos gerúndios, quando a terminação "ndo" é trocada por "no " alegando que nas diversas línguas europeias este fato é notado e citam o francês. Ora, houve época da colonização em que índios e negros representavam maciçamente a população brasileira em comparação ao pequeno número de europeus que aqui moravam. Existiu também a figura do ladino, escravo doméstico, que fazia a ponte entre casa - grande e senzala, com isso aprendia os rudimentos de português e podiam participar das duas comunidades sócio-linguisticamente diferenciadas.
Diante disto, há considerações que as terminações do gerúndio falado em todo território nacional em sua maioria também é caracteristica dos falantes da língua banto espalhados no Brasil colônia.
Influencia Linguística africana
Ao chegar no território, hoje Brasil, os colonizadores trouxeram em sua bagagem, os negros africanos para desenvolverem trabalhos domésticos.
Em torno de 1530, o pau-brasil, que já havia sofrido o extrativismo, se tornando mais escasso e vendo os portugueses, colonizadores que o comércio do açúcar era rendoso deram início ao ciclo econômico da cana de açúcar utilizando a mão de obra escrava indígena ou negros da terra. Sem resultado satisfatório, pois os nativos não eram habituados a serviços para produzir excedentes, e sim para o consumo próprio e para atender ao mercado europeu, era necessários pessoas com porte físico que suportasse a constância do trabalho e que tivesses técnicas no manuseio do ferro. Diante disso, deram início a compra de escravos colocados a venda pelo chefes de estados africanos. Era hábito e costumeiro o aprisionamento de negros na África para revenda, inclusive aos europeus que os levavam para suas colônias, tornando-os escravos nos nas plantações e engenhos de açúcar.. Este comercio de negros geravam divisas para o Continente Africano. A captura era realizada em toda África, porém, quanto a origem dois grupos se destacaram os de cultura banto e os nagôs ( sudaneses ) que efetivamente começaram, a partir de 1530, a formação da população brasileira de afro - descendência.
A principio tribo que veio para o Brasil: grupo da cultura banto, da qual faziam parte os angolanos, os Congo ou cabinas, os Benguela e os moçambiquenhos. Estes eram mais atrasados, com sistema de propriedade coletiva e organização familiar rudimentar, e ainda na fase do fetichismo. As línguas Banto formam um grande grupo, com muita semelhança entre elas e são faladas em diversas regiões da África de hoje tais como na Tanzânia, África do Sul,, Ruanda Zâmbia,Uganda,Kênia,Burundi, Gabão,Zaire, Angola, Gabão, Moçambique, Zimbábue Lesotho, Camarões, República do Congo,Botswana e Malawi.
É importante ressaltar que os Africanos trazidos para o Brasil, procede do Congo e da Angola, tanto durante a conquista , como do desenvolvimento da colônia e foram distribuídos principalmente no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.
Outro grupo de afro-brasileiros tem sua origem na cultura Nagô que originariamente se refere unicamente a um ramo dos descendente Yorubá, e são oriundos da África do Sul e do Centro do Daome e do sudeste da Nigéria , e no Brasil são conhecidos com o nome Nagô.
Os escravos da cultura Nagô, foram os últimos africanos a serem trazidos para o Brasil nos fins do Século XVIII e inicio do XIX e se concentraram no Norte e nordeste , Pernambuco e Bahia e particularmente nas capitais desses estados.
Devido a concentração da cultura Nagô na Bahia , podemos afirmar que a maioria da população baiana é de origem Nagô.
Com a chegada dos africanos, de diversas regiões e com a necessidade de codificar sua comunicação surge a língua geral crioula.
Considerando que os bantos ocuparam os estados de Minas gerais, Rio de Janeiro,São Paulo e Espírito Santo, e como o tema deste blogger é a justificação do dialeto mineiro ou mineires, a proposta é se falar da resistência face a estas influências recíprocas é uma questão ordem sociocultural e grau da mestiçagem linguística que não fora de forma absoluta se compararmos com a mestiçagem biológica que ocorrem no território brasileiro.
Segundo Pessoa de Castro :
INTERFERÊNCIA NO VOCABULÁRIO
1- Aportes lexicais- p.d., palavras africanas que foram apropropriadas pela língua portuguesa em diversas áreas culturais, conservando a forma e o significado original:
a) Simples : samba, xingar, muamba, tanga, sunga, jiló, maxixe, candomble, umbanda, berimbau, maracutaias, forró, capanga, Benguela, mangar, cachaça, cachimbo, fubá, gogó, agogô, mocotó, cuíca.
b)Compostos: lenga-lenga, Ganga-zumba, Axé Opo Afonjá.
2 - Aporte por decalque, palavras do português que tomaram sentido especial:
a) por tradução direta de uma palavra africana, mãe-de-santo ( ialorixá ), dois- dois ( ibêji), despacho (ebó), terreiro (casa de candomblé).
b) em substituição a uma palavra africana considerada como tabu, a exemplo de " O velho ", por Omulu, e " flor do Velho ", por pipoca.
3 - Aportes híbridos, palavras compostas de um elemento africano e um ou mais elementos do português:
bunda - mole, espada de ogum, limo da costa, pó - de - pemba , Cemitério da Cacuia, cafundó de Judas.
Nessa categoria estão os derivados nominais em português, a exemplo de : molecote, molecagem, xodozento, cachimbada, descachimbada, forrozeiro, sambista, encafifado, capanga, caçulinha, dengoso , bagunceiro.
INTERFERÊNCIA NA MORFOLOGIA E SINTAXE
1 - Não é por mero acaso ou seguindo apenas a deriva interna da língua portuguesa que, na linguagem popular descontraída do falante brasileiro, a tendência é assinalar o plural dos substantivos apenas pelos artigos que sempre os antecedem, a exemplo de se dizer: " as casa ", ( os menino ), " os livro ", segundo o padrão do plural dos nomes, feito por meio de prefixo nas línguas bantos.
2 - As línguas africanas também desconhecem a marca de gênero, como em português padrão, a/o (menina x menino ), o que pode contribuir para explicar melhor a instabilidade de gênero dos nomes( *minha senhor ), que por vezes é observada no cancioneiro português antigo e também ocorre na linguagem popular e na fala do " preto - velho", entidade muito popular na umbanda, tida como negros,muito idoso que viveram o tempo da escravidão no Brasil.
sábado, 17 de julho de 2010
Tráfego e Tráfico. Quando devo usar uma ou outra?
Tráfego e Tráfico
Segundo os dicionaristas Silveira Bueno e Houais,Tráfego é o transporte de mercadorias, de pessoas, de carros, de objetos em geral, é o comércio legal, ao passo que, o Tráfico é a circulação de coisas, pessoas, drogas, contrabando, ou seja é o comercio ilegal.
Milênios a.C., as comunidades tribais e não tribais, praticavam atos que na visão de hoje é ilegal. exemplo: comunidades inteira perdiam sua liberdade para o estado por dever impostos ou para pessoas ricas sendo transformados em escravos dos Reis. ou particular ,respectivamente. No velho testamento, encontramos tais relatos, tais como: os hebreus que eram mantidos escravos de Faraó por 40( quarenta) anos, até que Deus, levantou Moisés para libertá-los.
Segundo a História Geral, vários povos também tinham esses costumes . Os romanos conquistaram muitos povos e pela força os escravizavam, impunham sua cultura, seus costumes e suas leis. No norte da África no período de 1500 a 1800, os piratas, segundo pesquisas realizadas por Robert C. Davis, despovoaram as cidades costeiras da Sicília a Cornwall .
Os territórios que hoje estão localizadas Tunísia, Argélia e Líbia, recebiam milhares de cristãos brancos para trabalhar em galés como operários e concubinas dos chefes mulçumanos . Cidades e vilas na costa da Itália, Portugal, e Espanha foram as mais atingidas porém as incursões também capturaram na Grã - Bretanha, Islândia, Irlanda. Assim podemos afirmar que povos europeus, também foram escravizados e em trabalhos, bem mais pesado, tais como pedreiras, construções e galé, sofrendo maus tratos desnutrição e doenças.
Os governantes paxás, tinha o direito de um oitavo de todos cristão branco capturado e os alojavam em banheiros superlotados( baños) sua mão de obra era utilizadas na construção de obras públicas, tais como construção de portos e corte de árvores, como podemos observar , os brancos não tinham senzalas e os trabalhos que desenvolviam eram bem mais pesados ao que foi submetido aos negros africanos.
As comunidades tribais, do Continente Africano, guerriávam entre si e aprisionavam seus irmãos transformando-os em escravos próprios e também os vendiam aos europeus, que os levavam para as colônias, como escravos.
No Continente Americano, os ameríndios, guerriávam e o vencedor levava sua presa, mas não escravizavam. Seus prisioneiros circulavam na aldeia livremente, era levado a caçar, a pescar e as mulheres os deixavávam sexualmente felizes . Eram bem tratados, porém acreditavam que a única forma de absolverem a força, a destreza e a coragem do prisioneiro a solução era devorá-lo. Para isso, organizavam a cerimônia em que os homem recebiam a parte do corpo que deveria transmitir a destreza, a força e coragem, para as mulheres era servida outra parte e finalmente as crianças. Era seus costumes.
No Brasil de 1500, os tribais, vencedores das guerras, mudaram seus costumes os prisioneiros eram trocados(escambo ) por tecidos, espelhos e etc., com os europeus que os tornavam escravos. Era legal? Sim! Era a cultura dos povos sendo passada pelos portugueses aos ameríndios . Essa era a cultura e o costume.
Esse comportamento é amoral, e também imoral, vergonhoso, desumano aos nossos olhos que somos cristãos e conhecemos a prática do bom viver e da vida normativa e das regras sociais .
Os territórios que hoje estão localizadas Tunísia, Argélia e Líbia, recebiam milhares de cristãos brancos para trabalhar em galés como operários e concubinas dos chefes mulçumanos . Cidades e vilas na costa da Itália, Portugal, e Espanha foram as mais atingidas porém as incursões também capturaram na Grã - Bretanha, Islândia, Irlanda. Assim podemos afirmar que povos europeus, também foram escravizados e em trabalhos, bem mais pesado, tais como pedreiras, construções e galé, sofrendo maus tratos desnutrição e doenças.
Os governantes paxás, tinha o direito de um oitavo de todos cristão branco capturado e os alojavam em banheiros superlotados( baños) sua mão de obra era utilizadas na construção de obras públicas, tais como construção de portos e corte de árvores, como podemos observar , os brancos não tinham senzalas e os trabalhos que desenvolviam eram bem mais pesados ao que foi submetido aos negros africanos.
As comunidades tribais, do Continente Africano, guerriávam entre si e aprisionavam seus irmãos transformando-os em escravos próprios e também os vendiam aos europeus, que os levavam para as colônias, como escravos.
No Continente Americano, os ameríndios, guerriávam e o vencedor levava sua presa, mas não escravizavam. Seus prisioneiros circulavam na aldeia livremente, era levado a caçar, a pescar e as mulheres os deixavávam sexualmente felizes . Eram bem tratados, porém acreditavam que a única forma de absolverem a força, a destreza e a coragem do prisioneiro a solução era devorá-lo. Para isso, organizavam a cerimônia em que os homem recebiam a parte do corpo que deveria transmitir a destreza, a força e coragem, para as mulheres era servida outra parte e finalmente as crianças. Era seus costumes.
No Brasil de 1500, os tribais, vencedores das guerras, mudaram seus costumes os prisioneiros eram trocados(escambo ) por tecidos, espelhos e etc., com os europeus que os tornavam escravos. Era legal? Sim! Era a cultura dos povos sendo passada pelos portugueses aos ameríndios . Essa era a cultura e o costume.
Esse comportamento é amoral, e também imoral, vergonhoso, desumano aos nossos olhos que somos cristãos e conhecemos a prática do bom viver e da vida normativa e das regras sociais .
Sabe-se , que as leis surgem para normalizar comportamentos e os costumes individuais sociais, e hoje, em todos os continentes existem leis nacionais e internacionais que solucionam os conflitos entre pessoas e entre os diversos países, dirimindo as dúvidas e o desrespeito a vida individualmente ou em sociedade. Hoje, diante da legislação vigente escravizar e manter pessoa em cárcere privado, é crime.
Considerando, que no mundo de outrora, era normal escravizar, pois era costume, quando citamos o comércio de escravos deve-se referir a Tráfego, mas se essa referência ocorre nos dias da legalidade e ilegalidade, como atualmente, o comércio de escravos deve-se citá-lo como Tráfico por se tratar de prática ilegal como consta nas cartas forense.
Século XIV até 1888 - comércio de pessoas como escravos - Tráfego (não havia proibição legal, não era crime.
Século De 1888 em diante - escravizar e comercializar pessoas é crime, logo a palavra é Tráfico.
domingo, 11 de julho de 2010
Inicio e termino da escravidão
Antes da chegada dos europeus não havia escravidão no Brasil de outrora. Os índios do tronco tupi habitavam a região litorânea e consideravam como inimigos os que habitavam o interior e os chamavam de tapuia. Havia muitas guerras entre eles e quando conseguiam aprisionar seu inimigo os tratavam com respeito e humanidade , bem alimentados, andavam livres pela aldeia, isto até a chegada dos colonizadores, pois daí em diante havia interesse comercial, o prisioneiro era trocados por objetos( escambo ) se tornando escravo do europeu. Os índios escravizados recebiam uma ração inadequada, péssimo tratamento além do trabalho forçado. Acostumado a vida livre não se sujeitavam a nova vida. Com a decadência do ciclo do pau-brasil e o surgimento do ciclo da cana-de açúcar, os colonos decidiram pela compra de negro para o trabalho escravo. O comercio de escravos já existia na Europa. Portugal e Espanha participavam desse tráfego de negros aprisionados nas diversas regiões africanas, que eram vendidos por preços exorbitantes no mercado europeu. Com a chegada dos primeiros colonizadores, veio com seus trens, uma pequena mostra de negros. Foram criadas novas rotas, quando se deu inicio a colonização pelos europeus nos outros continentes, no século XVI, tendo em vista, que os povos locais não supriam a necessidade de mão-de-obra, tornou-se necessário importá-las do Continente africano, principalmente.
Até o século XVII a escravidão indígena e africanos acontecia paralelamente. Quando o ciclo do ouro chegou ao auge, reinos africanos e árabes passaram a vender escravos para os europeus. Em certas regiões do território brasileiro, os índios, como mão-de-obra, chegou a ser considerado fundamental, como em São Paulo, que até o final do século XVII, poucos negros eram encontrados devido a pobreza dos colonos,com isso os negros da terra(como eram chamados os índios) por não serem objeto de compra e venda, somente aprisionamento, tanto que , quando os colonos faleciam era proibido a fixação de valores nos inventários, como bens.
Pintura retratando um escravo africano sendo açoitado
os negros chegaram como escravos na primeira comitiva de colonos e perdurou por três séculos três séculos e meio(350) anos, aproximadamente. Somente chegando ao fim com a pressão da Inglaterra sobre a corroa portuguesa em 1888.Pintura retratando a escravatura indígena
aprisionamento e escravidão indígena teve inicio em 1530 e entrou em decadência no começo século XVII, por determinação da corroa portuguesa.
Pintura retratando o trabalho escravo dos índios
Toda essa colocação, tem como objetivo, justificar os dialetos existentes no Brasil e em particular o DIALETO MINEIRO ou MINEIRES, a história da nossa língua está intrísecamente ligada a história do Brasil, devido a diversidade dialetal existente, no caso do Mineires, temos a hereditariedade linguística oriunda dos povos indígenas que habitavam a região e as influencias linguística do português europeu, espanhola e africana.
sábado, 10 de julho de 2010
Quais os povos que mais influenciou a diversidade dos dialetos?
A ocupação inicial do Continente Americano fora de povos nômades de origem asiática entre 10 e 12 mil anos, conhecidos como índios (segundo alguns autores ).
Em mil e quinhentos, os Índios eram divididos em dois grupos, os tupis-guaranis que habitavam o litoral e os tapuias que ocupavam o interior; sua cultura, seus costumes, crenças e até as disposições das ocas eram distintas.
Com a chegada dos europeus, que resultou no descobrimento do Brasil, e com o corte do pau-brasil e vendido pela corroa, eles tentaram escravizar nossos índios, tentativa esta que , com muita dificuldade durou em torno de um pouco mais de (duzentos) anos. Os índios não se deixavam escravizar com facilidade razão o que levou os colonizadores , com anuência da coroa a importar os negros da África, para a execução dos trabalhos produtivos da colonia. Os primeiros escravos chegaram em nosso território em 1530,acompanhando os primeiros colonizadores.
Os povos que ocuparam o território brasileiro entre 1500 e 1822 foram denominados de colonizadores, principalmente portugueses e negros vindos da África e permaneceram escravos durante dois séculos. Em toda história do Brasil, desde o descobrimento até hoje, foram os que mais ocuparam nosso território.
Em 1824, todo estrangeiro que pra cá vieram, deixam de ser colonizadores e passaram a ser chamados de imigrantes. Foram vários os motivos para ingresso de estrangeiros no Brasil de outrora, tais como: imigração de povoamento no sul do Brasil, por alemães e depois de 1875 por italianos. No século XIX e inicio do século XX, aconteceu a imigração como fonte de mão de obra, das seguintes nacionalidades: italianos, portugueses, espanhóis, japonese, sírio-libaneses e outras nacionalidades.
Em mil e quinhentos, os Índios eram divididos em dois grupos, os tupis-guaranis que habitavam o litoral e os tapuias que ocupavam o interior; sua cultura, seus costumes, crenças e até as disposições das ocas eram distintas.
Com a chegada dos europeus, que resultou no descobrimento do Brasil, e com o corte do pau-brasil e vendido pela corroa, eles tentaram escravizar nossos índios, tentativa esta que , com muita dificuldade durou em torno de um pouco mais de (duzentos) anos. Os índios não se deixavam escravizar com facilidade razão o que levou os colonizadores , com anuência da coroa a importar os negros da África, para a execução dos trabalhos produtivos da colonia. Os primeiros escravos chegaram em nosso território em 1530,acompanhando os primeiros colonizadores.
Os povos que ocuparam o território brasileiro entre 1500 e 1822 foram denominados de colonizadores, principalmente portugueses e negros vindos da África e permaneceram escravos durante dois séculos. Em toda história do Brasil, desde o descobrimento até hoje, foram os que mais ocuparam nosso território.
Em 1824, todo estrangeiro que pra cá vieram, deixam de ser colonizadores e passaram a ser chamados de imigrantes. Foram vários os motivos para ingresso de estrangeiros no Brasil de outrora, tais como: imigração de povoamento no sul do Brasil, por alemães e depois de 1875 por italianos. No século XIX e inicio do século XX, aconteceu a imigração como fonte de mão de obra, das seguintes nacionalidades: italianos, portugueses, espanhóis, japonese, sírio-libaneses e outras nacionalidades.
Diante das evidencias, podemos dizer que a diversificação dialetal, ocorre com o cruzamento das diversas línguas indígenas com as línguas europeias e africanas.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Influencias linguisticas do holandês no português brasileiro
Portugal, antes de ser dominado pela Espanha, durante 60 anos, firma contrato com a Holanda para o comércio da cana-se-açúcar na Europa, porém, a insatisfação europeia com o Tratado de Tordesilhas, que privilegiava Espanha e Portugal,resolveram os holandeses concentrar esforços para assumir o controle da fonte produtiva do açúcar. Em 1602, surgiu uma empresa de grande porte, a Companhia das Índias Orientais, que conquistou as colonias portuguesas do oriente, com êxito. Com isso, em 1621, a Holanda cria a Companhia das Índias Ocidentais, cujo objetivo era recuperar o controle do açúcar brasileiro e monopolizar o comércio na Europa. Para que houvesse êxito, era necessário a ocupação do território da colonia portuguesa, onde ocorria a produção desse produto.
O centro administrativo era Salvador e em 1624, invadiram a capital, do hoje estado da Bahia, nove anos após a expulsão dos franceses, e em 1625, foram expulsos.
Em 1630, retornam numa segunda invasão em Pernambuco e conquistam as vilas de Olinda e Recife, com êxito, assumindo o controle de uma vasta extensão do litoral brasileiro que ia de Sergipe ao Maranhão. A Companhia das Índias Ocidental, nomeou João Maurício de Nassau, como Administrador , para o domínio recém conquistado que ficou conhecido como Brasil-holandês.
Portugal, ao conquistar sua independência da coroa espanhola, tendo como rei Dom.João IV, em 1640, decidiu recuperar o Nordeste brasileiro do domínio holandês. As medidas impopulares adotadas pela Holanda, principalmente o aumento de impostos, contrariava os interesses dos senhores de engenho, sendo um grande facilitador para a retomada do Nordeste.
As batalhas foram iniciadas pelos produtores de açúcar, destacando-se os de Guararapes e Campina da Taborda.
Portugal, ao conquistar sua independência da coroa espanhola, tendo como rei Dom.João IV, em 1640, decidiu recuperar o Nordeste brasileiro do domínio holandês. As medidas impopulares adotadas pela Holanda, principalmente o aumento de impostos, contrariava os interesses dos senhores de engenho, sendo um grande facilitador para a retomada do Nordeste.
As batalhas foram iniciadas pelos produtores de açúcar, destacando-se os de Guararapes e Campina da Taborda.
No inicio de Junho de 1645, em Pernambuco, a tão conhecida Insurreição Pernambucana , que finalizou em 1654, libertando o Nordeste do domínio holandês. Com a expulsão dos holandeses, foi inevitável o impácto económico, devido a retirada do apoio financeiro na produção do açúcar. Era o fim do ciclo económico da cana-de-açúcar.
Com a descoberta das riquezas minerais , iniciava outro ciclo econômico de exploração colonial, na região conhecida como as Minas Gerais.
Com a descoberta das riquezas minerais , iniciava outro ciclo econômico de exploração colonial, na região conhecida como as Minas Gerais.
Como podemos observar, os holandeses influenciaram a nossa língua portuguesa , primeiro em Salvador- Bahia e posteriormente no restante do Nordeste brasileiro, na formação dialetal, no cruzamento das das línguas indígenas com o holandês, francês e português europeu.
No dialeto mineiro, não ocorreu nenhuma influencia linguística.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Influencia da Língua Francesa na Língua Portuguesa do Brasil
O Brasil colonia, era alvo de invasões, tendo em vista a insatisfação dos europeus em relação aos privilégios de Portugal e Espanha, advindos do Tratado de Tordesilhas, assim sendo franceses e holandeses fizeram várias tentativas de se estabelecerem no território brasileiro, Portugal estabeleceu o Governo geral em 1549, e Mem de Sá, se instalou em Salvador .
Em 1555, os franceses conseguiram se estabelecerem na ilha de Sergipe, e Nicolas Durand de Villegagnon, auxiliado financeiramente por Gaspard de Coligni , fundou a França Antartica.
Os franceses firmaram boas relações com os Tupinambás e com certeza, sua lingua, costumes e sua cultura, fora entrelaçadas à língua Tupi, assim como seus costumes e sua cultura.
A coroa portuguesa, estava insatisfeita com essa ocupação da sua colonia, razão esta que levou Mem de Sá sair de Salvador e ir para a baia de Guanabara com o objetivo de expulsar os invasores. A luta foi travada, porem os tupinambás com suas técnicas de guerra e aliados dos francesas derrotaram os portuguese, que bateram em retirada. O governador Geral, solicitou reforços e a coroa mandou Estacio de Sá, sobrinho de Mem de Sá.
Os jeuitas, na pessoa de Pe Maoel da Nóbrega conseguie apoio dos Tamoios liderados por Araribóia e doze anos após a primeira tentativa, surge o confronto entre portugueses, liderados por Estacio de Sá que morre em combate, com os franceses, e os portugueses utilizando da estratégia guerra indígena derrota os franceses, pondo fim a França Antartica, e funda a cidade de São Sebastião do Rio de janeiro, em 20 de janeiro de 1567, na baia de Guanabara.
Conta a lenda popular, que durante o confronto contra os franceses, surgiu um Soldado de grande habilidade que ajudou nas lutas ao lado dos portuguese e que ao se dirigirem para a igreja depararam com o soldado sendo ele São Sebastião, razão pela quel a cidade recebeu o nome de São Sebastião do Rio de Janeiiro.
Durante esse período a fusão do francês com a Língua Tupi, influenciou o falar e o sotaque do povo carioca, assim como seus costumes e sua cultura, porém a grande influencia veio do português europeu.
Mais tarde em 1584, os franceses voltaram ao Brasil, desta vez, para o nordeste brasileiro e ocuparam os estados do Ceará, Paraíba, Rio Grane do Norte, Sergipe e Maranhão e lá permaneceram até 1603. Nesse período sua cultura, seus costumes e sua língua, que entrelaçada ao tupi (índios que habitavam aquela região falava língua Tupi), influenciou bastante o dialeto nordestino. Não se pode descartar o estrangeirismo transmitido existente até hoje na nossa língua, vocábulos estes, incorporados ao nosso idioma tais como: " porta seios, quebra luz" e outros, que se transformaram em soutien e abajour respectivamente.
Em 1555, os franceses conseguiram se estabelecerem na ilha de Sergipe, e Nicolas Durand de Villegagnon, auxiliado financeiramente por Gaspard de Coligni , fundou a França Antartica.
Os franceses firmaram boas relações com os Tupinambás e com certeza, sua lingua, costumes e sua cultura, fora entrelaçadas à língua Tupi, assim como seus costumes e sua cultura.
A coroa portuguesa, estava insatisfeita com essa ocupação da sua colonia, razão esta que levou Mem de Sá sair de Salvador e ir para a baia de Guanabara com o objetivo de expulsar os invasores. A luta foi travada, porem os tupinambás com suas técnicas de guerra e aliados dos francesas derrotaram os portuguese, que bateram em retirada. O governador Geral, solicitou reforços e a coroa mandou Estacio de Sá, sobrinho de Mem de Sá.
Os jeuitas, na pessoa de Pe Maoel da Nóbrega conseguie apoio dos Tamoios liderados por Araribóia e doze anos após a primeira tentativa, surge o confronto entre portugueses, liderados por Estacio de Sá que morre em combate, com os franceses, e os portugueses utilizando da estratégia guerra indígena derrota os franceses, pondo fim a França Antartica, e funda a cidade de São Sebastião do Rio de janeiro, em 20 de janeiro de 1567, na baia de Guanabara.
Conta a lenda popular, que durante o confronto contra os franceses, surgiu um Soldado de grande habilidade que ajudou nas lutas ao lado dos portuguese e que ao se dirigirem para a igreja depararam com o soldado sendo ele São Sebastião, razão pela quel a cidade recebeu o nome de São Sebastião do Rio de Janeiiro.
Durante esse período a fusão do francês com a Língua Tupi, influenciou o falar e o sotaque do povo carioca, assim como seus costumes e sua cultura, porém a grande influencia veio do português europeu.
Mais tarde em 1584, os franceses voltaram ao Brasil, desta vez, para o nordeste brasileiro e ocuparam os estados do Ceará, Paraíba, Rio Grane do Norte, Sergipe e Maranhão e lá permaneceram até 1603. Nesse período sua cultura, seus costumes e sua língua, que entrelaçada ao tupi (índios que habitavam aquela região falava língua Tupi), influenciou bastante o dialeto nordestino. Não se pode descartar o estrangeirismo transmitido existente até hoje na nossa língua, vocábulos estes, incorporados ao nosso idioma tais como: " porta seios, quebra luz" e outros, que se transformaram em soutien e abajour respectivamente.
Não houve influencia no dialeto mineiro.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Influencia linguistica do Espanhol no dialeto mineiro
Quando falamos em influencia de línguas que tiveram sua origem na mesma raiz fica difícil separar o que é de uma ou de outra. No caso da língua portuguesa e espanhola,ambas tiveram origem na Península Ibérica, mesmo território onde está localizado Portugal e Espanha. Não é surpreendente, que as duas tenham uma história, em vários aspectos bem semelhantes, por isso, é árdua a tarefa de explicar
o desenvolvimento dessas línguas, dando uma visão geral , de quais foram as bases para o aparecimento do espanhol e do português, e quais foram, ao longo do tempo as influencias sofridas.
O filólogo alemão FRANZ BOPP realizou pesquisas em diversas línguas europeias, no século XIX, e demonstrou que é bem provável que suas origens se deu numa única língua, o indo-europeu. Essa língua sofreu fracionamento em diversos ramos, sendo um deles o itálico, ao qual pertence o latim, falado na antiga Roma.
O Império Romano conquistou várias regiões e o seu rápido crescimento fez com que seu exercito se espalhasse por grande parte da Europa, e por onde marcavam suas conquistas levava suas leis, seus costumes e sua língua: o latim vulgar. Mesmo com imposição de sua língua aos conquistados, mas não puderam impedir que a sua língua sofresse modificações, principalmente na fonética e no léxico, nas muitas regiões ocupadas.
Os romanos ao chegar à Península Ibérica, encontraram diversos povos que ali viviam:
como os bascos, gregos, celtas, cartagineses, fenincios e iberos. Nas línguas contemporâneas , portuguesas e espanholas , pode-se encontrar influencias pré-românicas, como exemplo temos no português, são de origem celta:
- no léxico: palavras como cavalo (de caballus); carro (de carru manteiga (de mantiga ).
-na fonética: a troca de algumas consoantes ( de lupu para lobo; de aqua para água)
a perda da vogal após "L,N,R" ( de male para mal; de bene para bem; de mare para mar) e outras.
No espanhol, temos:caballo; carro; mantequilla, lobo, água, mal, bien, mar. Quando houve a fusão dos romanos com os povos conquistados, foram surgindo diferentes dialetos.
Os povos germânicos(vândalos, alanos, visigodos, alamanos e suevos e outros), penetraram, a partir do século V, nos territórios romanos, influenciando a língua local. As invasões, como fora chamada essa entrada de germânicos, no território do Império Romano, é que deu origem na língua portuguesa, diversas palavras, tais como:
guerra, bando, trégua, dardo,galope e outras, de origem germânica. Igualmente encontramos em espanhol os vocábulos guerra, bando, trégua, dardo , galope, e outros.
Considerando, que a Península Ibérica foi ocupada pelos árabes, durante sete séculos(de 711 a 1492) e durante todo esse espaço de tempo, influenciou tanto a Língua portuguesa como a espanhola.
Em Português temos : alface, almofada,arroz, algodão, azeitona, azulejo, girafa, javali,arroba , quintal e outras.
Em espanhol: almanhada, algodón, aduana,azulejo, alfombra, alambique, ojalá, fulano e outras.
sábado, 3 de julho de 2010
Localização dos povos Indígenas no século V, no território que hoje é o Brasil
Os índios que falavam línguas do tronco TUPI, habitavam a região norte, nordeste, até a região sul; e os povos que falavam línguas do tronco MACRO-JÊ, se localizavam na região central, onde estão geograficamente os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, segundo o Historiador Gilberto Cotrim, em sua obra HISTÓRIA GLOBAL, Brasil e Geral, conforme demonstrado no Mapa de localização dos povos indígenas no século V.
Os nativos dessa região botocudos (todos os índios que usavam alargadores labiais, nas orelhas e no nariz), os Maxacali, Puri ou coroados ( usavam os cabelos raspados a taquara em forma de coroa) e outros todos pertenciam ao mesmo tronco linguístico que hoje é denominado de Macro-Jê. Os povos desse tronco linguístico, foram os primeiros povos que habitavam os estados de Minas Gerais Goiás e Mato Grosso e foram eles que deram origem ao sotaque e ao regionalismo mineiro, goiano e mato grossense.
Mesmo depois de consideradas extintas as línguas Tupi e Puri, não se pode descartar a transformação linguística ocorrida no Português brasileiro com a junção desses dois grandes troncos , sim como ,não se pode excluir a herança linguística tornando a pronuncia e o sotaque dessas regiões ,uma forma ímpar de expressão.
Podemos também observar a grafia apostrofada que fazia parte da língua Purí e até hoje é bastante utilizada na pronuncia dos povos que habitam a região central, e nos sotaques existente no nosso território, pois isto é um fato.
No Brasil há dois grandes troncos linguisticos tronco TUPI e MACRO -JÊ
No Brasil , em regra geral, se falava o Tupi na região norte, nordeste, parte do sudeste e ao sul o Guarani. Na região de Campos-RJ, as etnias que habitavam aquela região falava o JÊ.
Existia diversas etnias que falavam a língua Tupi, com variações dialetais, e outras etnias distintas ao Tupi , porém semelhantes entre si , mesmo com as variações de dialetos e que foram chamadas de JÊ. Razão que levou os linguistas que se dedicavam ao estudos das línguas indígenas, a classificação por semelhanças entre si, assim, surgiram os dois grandes troncos linguístico o TUPI e o MACRO-JÊ.
O Guarani falado no sul, pertence ao tronco Tupi e os Aimores, Puris, Maxacali e outros foram classificados como sendo do tronco Macro-Jê.
Os jesuítas ainda não conheciam as outras etnias, pelo fato do primeiro contato ter sido com nativos que falavam a língua Tupi.
O Pe Anchieta, iniciou o estudo do Tupi, o que se percebe em sua gramática e fora adaptando o Tupi antigo a língua Portuguesa europeia, o que não ocorreu com os Jês.
Com a captura dos nativos para forçá-los ao trabalho escravo e consequentemente para a catequese, tendo um tupi como auxiliar, o Pe . Anchieta se deparou com um índio PURI, que habitava a região de Campos-RJ., e vendo que o prisioneiro não falava como os demais, interrogou ao seu auxiliar a razão da fala ser diferente,como os tupis não gostavam dos puris, respondeu que eles tinham a língua travada, eram bárbaros e outros adjetivos; mas na realidade se tratava de um falante JÊ. Em razão disso, os europeus começaram a perseguição aos puris exterminando-os, e os poucos capturados eram aprisionados domesticados, escravizados e incorporados a cultura europeia e sua língua não fora motivo de estudos pelos jesuítas, por este fato, quase não se encontra registros da língua Puri, nos anais da nossa história linguística.
De quem os mineiros herdaram sua fala, seu sotaque, sua bravura, vocês já se perguntaram ?
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