No nosso país existem vários sotaques, o nortista, nordestino, mineiro, paulista, carioca e o sulista, devido as várias etnias indígenas que ocupavam tais espaços antes da chegada dos europeus em nosso território. Não podemos deixar de citar o mais novo sotaque e dialeto que é o resultado da miscigenação das regiões brasileiras desde a fundação da capital federal. Nos últimos anos o falar do brasiliense (candango ) tem se personalizado e é muito forte a influencia mineira e nordestina, tanto no falar como na alimentação como em toda cultura.
Com isso nossa Língua tomou cor, segundo Possenti em sua obra "A cor da Língua ". Porém sotaque e dialeto são coisas distintas, no primeiro há entendimento do que se ouve, ao passo que no segundo, principalmente quando nossos sentidos não estão habituados àquela linguagem, temos dificuldade em entender o que ouvimos.
Exemplo:
O carioca fala: pão de queijo; limpe o quarto de Lúcia; compre um litro de leite; ponha em baixo da pia.
O mineiro diz: pãodjiqueij; limpquardjiLúcia; comprelidjileiti; ponhaimbaidapia.
Qual de nós nunca tenha ouvido um mineiro falar, ou mesmo lido alguma piada referente à fala mineira. Impossível!
Traços Fonéticos
O dialeto mineiro apresenta peculiaridades, tais como:
a) Apócope das vogais curtas, parte é pronunciado part' (com o " T " levemente sibilado; e também do "D" no gerúndio;
Exemplo: comendo passa a ser comendu ou comenu.
b) Permutação de " E " em " I " e do " O " em " U " quando são vogais curtas;
Exemplo: espada passa a ser ispada; estômago passa a ser istomagu.
c) Aférese do " E " em palavras iniciadas por "ES " e a troca do " E " no final da palavra por "I ";
Exemplo: esport para sporti.
d) Flexão do artigo no plural, à semelhança do caipira;
Exemplo: Os livros, é dito us livru;
Meus filhos, se pronuncia, se pronuncia meus filiu.
e) Alguns dos ditongos " FIO " passam a ser vogais longas "FII ", e todos os ditongos "OU " e "EI ", tais como: frouxo, pouco, louco, mineiro, sapateiro, carroceiro; passam a ser : froxu, pocu, mineru, sapateru, carroceru, respectivamente;
f) As palavras terminadas com os dígrafos: lh e nh, , tais como : espelho, pinho, ninho, caminho, ; passam a ser ispeliu,pin,ninh, camin e seus diminutivos ispelin; ninzin, pinzin e caminzim;
g) Contração frequente de locuções: " abra as asas" passa a ser abrazaza;
h) Palavras com S ou Z e não no final como é em vários idiomas.
Exemplo:
a) Por que ocê está questa cara que não é sua !
b) Quést's crianças! Mãe pedindo as crianças que fiquem quietas;
c) S'trudia - Noutro dia - advérbio de tempo;
d) José está demorandjimais!
e) Quanta z'ora? Alguém perguntando as horas;
f) LimpiquardjiRaphael! - Limpe o quarto de Raphael!
E outros vocábulos soltos, tais como:
Pronuncia do mineiro
- iscovadjidente - escova de dente;
- dendufornu - dentro do forno;
-ansdjiontem - antes de ontem;
-dentifrissu - dentifricio;
-setssetembru - sete de setembro;
- sapassado - sábado passado;
- tidjiguerra - tiro de guerra;
- oliiuchêru - olha o cheiro;
- prazdaliberdadi - praça da liberdade;
- vidjiperfumi - vidro de perfume;
- oliaprocêvê - olha pra você ver!;
- tirissodaí ! - tira isso daí!
- ondiéquié? - onde é qui é?
- ondjiéqu'stô? - onde é que estou?
- diacompadi! dia sô! - bom dia compadre! bom dia Senhor;
- caisopô - caixa de isopor;
- praonnóistamuinnu? - pra onde nós estamos indo?
- imbaidapia - em baixo da pia
Justificativa
No dialeto mineiro, assim como nos demais , das outras regiões do nosso país, as pessoas suprimem o "m " da palavra " homem " em razão desta ter origem no latim " homo", também suprimem nos substantivos terminados em "Em ", tais como: folhagem,, carruagem, ferragem e outras.
Exemplo: folhagi, carruagi, ferragi.
No latim o "A, E e o O", não se transformam, porém, o "I" se transfoma em "E e o U" se transforma em "O". Já na Língua Portuguesa brasileira, o "A " não se transforma , porém o "E e o O", são reduzidos a "I e U" respectivamente, quando a última letra é uma vogal curta. Mesmo ocorrendo em outras regiões a pronuncia do mineiro é mais acentuada.
Exemplo:
cinzeiro - cinzeru; copeiro - coperu; caderno - cadernu; diamante - diamanti; dinamite - dinamiti; estante - istanti.
No Latim ocorre a sonorização de consoantes intervocálicas surdas em sonoras daquelas que estão entre vogais, quando da transposição para o português.
Exemplo:
capo - cabo; amadum - amado.
É ponto marcante a Apócope das vogais curtas como " Parte " que é pronunciado "Part' " com o "t" levemente sibilado, e também o "d " no gerúndio como "Comendo " passa a ser "Comendu".
Derivada do Latim a palavra "spngia" quando transposta para a Língua Portuguesa, passou a ser "esponja" ocorre a aférese do " E " em vocábulos iniciado por "ES".
Exemplo:
esporte para sporti - com a redução do " E" no final da palavra para "I".
É bom frisar, que em todo país ocorre a supressão do "E" nas palavras começadas por "ES", logo não se trata de exclusividade do falar mineiro.
Exemplo:
espada - ispada; escola - iscola, espreme - ispreme - 3ª pessoa do singular, do presente do indicativo do verbo espremer; espumante - ispumanti.
g) Contração frequente de locuções: " abra as asas" passa a ser abrazaza;
h) Palavras com S ou Z e não no final como é em vários idiomas.
Exemplo:
a) Por que ocê está questa cara que não é sua !
b) Quést's crianças! Mãe pedindo as crianças que fiquem quietas;
c) S'trudia - Noutro dia - advérbio de tempo;
d) José está demorandjimais!
e) Quanta z'ora? Alguém perguntando as horas;
f) LimpiquardjiRaphael! - Limpe o quarto de Raphael!
E outros vocábulos soltos, tais como:
Pronuncia do mineiro
- iscovadjidente - escova de dente;
- dendufornu - dentro do forno;
-ansdjiontem - antes de ontem;
-dentifrissu - dentifricio;
-setssetembru - sete de setembro;
- sapassado - sábado passado;
- tidjiguerra - tiro de guerra;
- oliiuchêru - olha o cheiro;
- prazdaliberdadi - praça da liberdade;
- vidjiperfumi - vidro de perfume;
- oliaprocêvê - olha pra você ver!;
- tirissodaí ! - tira isso daí!
- ondiéquié? - onde é qui é?
- ondjiéqu'stô? - onde é que estou?
- diacompadi! dia sô! - bom dia compadre! bom dia Senhor;
- caisopô - caixa de isopor;
- praonnóistamuinnu? - pra onde nós estamos indo?
- imbaidapia - em baixo da pia
Justificativa
No dialeto mineiro, assim como nos demais , das outras regiões do nosso país, as pessoas suprimem o "m " da palavra " homem " em razão desta ter origem no latim " homo", também suprimem nos substantivos terminados em "Em ", tais como: folhagem,, carruagem, ferragem e outras.
Exemplo: folhagi, carruagi, ferragi.
No latim o "A, E e o O", não se transformam, porém, o "I" se transfoma em "E e o U" se transforma em "O". Já na Língua Portuguesa brasileira, o "A " não se transforma , porém o "E e o O", são reduzidos a "I e U" respectivamente, quando a última letra é uma vogal curta. Mesmo ocorrendo em outras regiões a pronuncia do mineiro é mais acentuada.
Exemplo:
cinzeiro - cinzeru; copeiro - coperu; caderno - cadernu; diamante - diamanti; dinamite - dinamiti; estante - istanti.
No Latim ocorre a sonorização de consoantes intervocálicas surdas em sonoras daquelas que estão entre vogais, quando da transposição para o português.
Exemplo:
capo - cabo; amadum - amado.
É ponto marcante a Apócope das vogais curtas como " Parte " que é pronunciado "Part' " com o "t" levemente sibilado, e também o "d " no gerúndio como "Comendo " passa a ser "Comendu".
Derivada do Latim a palavra "spngia" quando transposta para a Língua Portuguesa, passou a ser "esponja" ocorre a aférese do " E " em vocábulos iniciado por "ES".
Exemplo:
esporte para sporti - com a redução do " E" no final da palavra para "I".
É bom frisar, que em todo país ocorre a supressão do "E" nas palavras começadas por "ES", logo não se trata de exclusividade do falar mineiro.
Exemplo:
espada - ispada; escola - iscola, espreme - ispreme - 3ª pessoa do singular, do presente do indicativo do verbo espremer; espumante - ispumanti.
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